Enviada em: 22/08/2017

Ao decorrer da Segunda Guerra Mundial, Adolf Hitler se beneficiou dos meios de comunicação em massa, a fim de expandir ideias, persuadir a população alemã acerca da "soberania" ariana e, posteriormente, provocar o holocausto. Atualmente, com a ascensão da internet, a manipulação midiática se torna irrefutável diante da maioria desprovida de conhecimento e, contudo, tamanho acesso à informação.   A incessante busca pelo controle acontece - dentro dos limites registrados historicamente - desde a antiguidade, quando Sócrates e seus discípulos peripatéticos nomearam a arte de maquiar a linguagem como "retórica". Embora não pela mídia, os Sofistas teriam, então, semeado o princípio da manipulação, a qual segue sustentada por diversos veículos sensacionalistas disseminados pelo mundo.   Não obstante, a influência midiática incorpora inúmeras ameaças sócio-ambientais, tal qual o consumismo exacerbado - incitado por meio de propagandas excessivas -, o inconsequente descarte de objetos úteis, cujo lixo sobrecarrega o meio ambiente e a sustentação dos padrões de beleza estabelecidos socialmente, sendo estes a principal causa de distúrbios psiquiátricos em incontáveis jovens.   Ademais, parafraseando o filósofo alemão Adorno: "O inimigo que se combate é o inimigo que já está derrotado, o sujeito pensante". Portanto, há conveniência para os poucos que detém o poder, que a grande maioria desfavorecida esteja à parte e inconsciente perante possíveis injustiças, a fim de evitar revoltas e maiores tumultos.   Logo, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Educação, com a justificativa de gerar alunos com maior autonomia, teria que tornar obrigatórias aulas extras que alimentem o senso crítico e a realização de debates em sala de aula. A longo prazo, a melhoria no sistema de educação possibilitará que os indivíduos, ao receberem informações, saibam analisar o que lhes é transmitido e, assim, perceberem que estão inseridos em um sistema que, quase sempre, é o vilão da história.