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Enviada em: 29/08/2017

Manipulação midiática. Esse termo, apesar de relembrar a história da ditadura militar brasileira faz referência também à atualidade, visto que a imprensa continua com sua importante participação. No entanto, como afirmou Guimarães nem os espelhos são imparciais, desse modo, adaptando essa ideia para a imprensa, torna-se difícil abstrair das informações divulgadas sua total objetividade. Por isso, é imprescindível refletir sobre a engrenagem midiática e o papel do cidadão nesse meio.  Primeiramente, é notável que os veículos de comunicação influenciam na construção da opinião pública. A priori, apesar da imparcialidade fazer parte no âmbito jornalístico as notícias são transmitidas por pessoas e nenhum indivíduo é capaz de despir completamente de sua consciência e de suas convicções. Desse modo, interpolam entre essas informações divulgadas interesses políticos de empresas e da própria rede, resultando em um processo democrático falho e inconstitucional.   Entretanto, o problema não se resume nisso, pois também falta ao cidadão se posicionar de maneira crítica diante dos dilemas da esfera social. O indivíduo, como interlocutor da mensagem, tem o dever de distinguir a notícia da crítica, aquela de fato precisa ser imparcial e o mais próxima possível da realidade, essa, porém, pode ser parcial dentro dos limites da liberdade da imprensa. Dessa maneira, a população precisa comparar as informações com outras fontes para, por conseguinte, possuir uma opinião fundamentada. No entanto, devido ao imediatismo, o que ocorre na maioria das vezes é a construção de opiniões superficiais e fragmentadas.   Torna-se claro, portanto, a necessidade da apuração das informações e o seu devido questionamento. Para isso, as escolas, por meio das ciências sociais e promovendo debates e discussões, precisam instigar os jovens à aguçarem seu senso crítico. Além disso, ONGs com o auxílio do povo, devem fiscalizar e denunciar para as instituições de segurança pública qualquer notícia que possua um caráter alienador. Dessa forma, o poder judiciário e legislativo poderá por em vigor leis adequadas e eficientes.