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Enviada em: 03/10/2017

Na série "El Chapo", um famoso narcotraficante suborna jornalistas para que falem bem dele. Bastou começarem a difamá-lo para que a sua imagem fosse arruinada. Fora das telas, o poder da mídia é ainda mais surpreendente, pois, além de agir de forma sutil - o que faz com que as pessoas sequer percebam que estão sendo manipuladas -, ela tem um grande potencial persuasivo capaz de causar reflexos tanto à saúde quanto ao comportamento das pessoas e, com isso, surge a alienação que está intrinsecamente ligado à realidade do Brasil, seja pela falta de democracia e integração, seja pela falta de fiscalização.       É indubitável que a mídia tem um papel essencial no campo político, econômico e social, entretanto, muitas vezes abandona o seu objetivo informativo e dá lugar a um mecanismo que influencia pensamentos, ideais e decisões. Durante a Era Vargas, o regime militar se valeu para calar seus opositores e impedir que mensagens contrárias aos seus interesses fossem divulgadas, o que gerava graves censuras e supressão da liberdade de expressão. De maneira análoga, observa-se a camada mais baixa da população a qual, infelizmente, é mais frágil ao lado negativo da mídia, haja visto que, grande parte tem baixo grau de instrução o que faz com que, além de não filtrarem as informações que são recebidas, são ignorados caso discordem e até mesmo repreendidos.                 De acordo com a proposta de redação do Enem de 2014, sobre a publicidade infantil, percebe-se que a publicidade, na maioria das vezes, não tem limites e age de forma abusiva e apelativa. Seguindo essa linha de pensamento e ao analisar a sociedade de uma forma geral, é notável que todos os dias pessoas são influenciadas ao consumo excessivo e aos ideais padronizados, como ao do conceito de beleza em que valorizam cada vez mais um corpo magro e definido em detrimento dos que não se encaixam no padrão, logo, estes são rotulados como indivíduos menos atraentes ou inferiores, dessa maneira, aqueles que estão fora dos padrões alteram os seus comportamentos e arriscam a própria saúde.      Torna-se evidente, portanto, que o poder manipulador que a mídia detém precisa ser avaliado. Sendo assim, cabe ao Governo Federal fiscalizar os meios usados pela mídia, como TV, internet, fast foods, a fim de impor limites que regulamentem o que pode ser divulgado. Por conseguinte cabe ao Poder Judiciário garantir que as pessoas tenham o direito à uma clara informação, pois, segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, todos têm o direito de buscar, receber e compartilhar informações sem que sejam vetados e, caso sejam, que os censuradores sejam punidos na forma da lei. Por fim, cabe ao Ministério da Educação promover palestras nas escolas que visem esclarecer que a mídia é essencial, porém, é necessário que se filtre as informações que são recebidas e assim levar o aprendizado para casa e para o mundo, pois como disse o Papa Francisco, as crianças e os adolescentes são a luz do mundo.