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Enviada em: 09/10/2017

A Segunda Revolução Industrial, ocorrida no século XIX, foi acompanhada pela intensa evolução dos meios de comunicação, com o surgimento da televisão, do rádio, do cinema entre outros. Desde então, a mídia passou a ter papel de relevância crescente no âmbito das relações sociais. Nesse contexto, insere-se a discussão acerca do seu poder manipulador das massas sociais, o que se manifesta tanto na esferas política e ideológica quanto econômica e capitalista.                 Inicialmente, é perceptível a estreita relação histórica entre poder político e dominação através de ideologias veiculadas pelos meios midiáticos. Como exemplo disso, está a vigência de regimes totalitários com caráter populista na Europa no século XX, como o nazismo e o fascismo. Seus valores e ideias - anticomunismo e antissemitismo - conseguiram angariar exorbitante número de seguidores devido à ação de propagandas difundidas por rádio, filmes cinematográficos e jornais associados a esses movimentos. Assim, mesmo em regimes não ditatoriais, grupos com grande poder político, em junção à sua capacidade financeira, conseguem aglutinar em torno de si o apoio de emissoras televisivas e jornalísticas, cujas veiculações permitem o alargamento de ideologias favoráveis a eles. Dessa forma, grandes parcelas da sociedade se aderem a esses ideias tornam-se mais facilmente controladas por esses grupos.                          Ademais, a influência midiática sobre o pensamento coletivo é requisito essencial para o poder capitalista. Como estudado por filósofos da Escola de Frankfurt, na Alemanha, os mecanismos da mídia, nas últimas décadas, imprimiram a prevalência de uma "cultura de massas", marcada pelo caráter consumista. Sob essa conjuntura, depreende-se o papel notável desses meios de comunicação em criar, por meio de publicidade e propagandas, imagens sedutoras acerca de produtos comercias - como a associação de sensações de euforia e bem-estar ao consumo de alimentos industriais ou à condução de um determinado veículo - e contribuírem para a construção de padrões comportamentais e estéticos que regem a aquisição de mercadorias. Como consequência disso, perpetua-se uma sociedade consumista pouco crítica em relação à dominação à qual está sujeita.                        Portanto, medidas são necessárias para a resolução desses impasses. Entre elas, está o maior contanto entre estudiosos políticos vinculados a universidades e a população, através de simpósios e palestras públicas, com o objetivo de promoverem o debate social em detrimento à hegemonia midiática em formar a opinião pública. Ademais, cabe ao Ministério da Educação incentivar escolas a discutirem de maneira constante sobre consumo consciente com seus alunos por meio de aulas e trabalhos, de modo a diminuir a influência de anúncios comerciais em suas escolhas futuras.