Materiais:
Enviada em: 24/03/2018

A invenção da prensa por Gutenberg e, posteriormente, a criação do rádio, da TV e da internet, no advento da Revolução Industrial, revolucionaram, através da rapidez, a produção e difusão de conteúdo informacional. Por sua vez, o conjunto desses meios de comunicação em massa é denominado mídia. Sob esse aspecto, é pertinente elencar pontos positivos e negativos. Se por um lado, a mídia atua como instrumento da democracia, por outro, motiva a passividade de pensamento do indivíduo.     Alusivo aos benefícios, a veiculação midiática possui um relevante papel a serviço da democracia, pautado na sua responsabilidade em fiscalizar os três poderes, dando publicidade aos atos administrativos, informando sobre as pautas do Congresso Nacional, denunciando a violação de direitos coletivos e individuais, além de noticiar esquemas de corrupção, a exemplo da Lava Jato, operação comandada pela Polícia Federal, na qual investiga crimes de lavagem de dinheiro envolvendo empreiteiras e políticos.     Na Alegoria da Caverna, Platão narra a vida de prisioneiros vivendo em uma caverna sobre a qual eram projetadas sombras, estas eram vistas e aceitas com verdades, enquanto aqueles desconheciam a realidade além da caverna. Sob outra perspectiva, a imprensa pode atuar analogamente à narrativa supracitada, contribuindo para a massificação de ideias admitidas como verdades absolutas pelos indivíduos. Tal afirmação parte do pressuposto de que a mídia comumente apresenta enquadramentos noticiosos que moldam a forma como um fato é construído e compreendido pela população.    Destarte, é mister que as instituições educacionais incentivem uma cultura de criticidade por meio de projetos e palestras que discorram acerca da manipulação midiática e estimulem a busca por informações em fontes de diferentes linhas editoriais. Ademais, é imperioso que a iniciativa privada em parceria com núcleos tecnológicos promovam a criação de aplicativos e sites de debates que incitem o diálogo de opiniões. Desse modo, a caverna descrita por Platão deixará de ser o cárcere da consciência humana.