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Enviada em: 29/03/2018

A mídia tem um papel transformador no que tange a ideias em sociedade, já que tem o objetivo de transmitir informações a uma maior quantidade de pessoas possível. A grande questão é que por trás dela há grupos posicionados em defesa de opiniões e ao incentivo ao consumo, através da publicidade. Nesse contexto, é notório o poder de manipulação da mídia, trazendo perigos como alienação e consumo inconsciente. Assim, é preciso que coletividade e poder público unam-se para evitar a manipulação da mídia na sociedade.     Os grupos que cuidam do que é transmitido nos canais de TV aberta, de rádio, em revistas e em jornais têm a liberdade de emitir informações a seu favor. Donos de emissoras de TV, de rádio, editores-chefe de jornais televisivos ou impressos veiculam, intencionalmente, notícias com seleção de informações, enfatizando alguns pontos e deixando de lado outros, e até muitas vezes omitindo fatos, o que configura a famosa "uma lado da história". É justamente isso que aliena o público, destinado a ver somente uma parte das informações e da forma que é passada, tomada, então, como única verdade. Boa prova disso é a Rede Globo de Televisão, que teve um apoiador do Regime Militar na década de 70 como fundador, o que ecoa até hoje no que é veiculado, seguindo a inclinação do movimento político de direita e reverberando nos jornais e em outros programas informativos. Assim, torna-se difícil construir formadores de opinião.     Outro grande problema do poder que a manipulação da mídia traz é o consumo inconsciente resultante da influência da publicidade, que persuade o público-alvo, principalmente por meio da televisão. Os desenvolvedores de propagandas capricham no teor emocional dos anúncios para envolver o telespectador, trabalhando bem com seus sentidos visual e auditivo e chamando-o para consumir o produto em questão. A publicidade infantil, por exemplo, é que mais manipula, já que atinge a faixa etária mais desprovida de consciência e discernimento quanto ao consumo: as crianças. Ao verem anúncios cheios de cores, movimentos e edições de imagem, os brinquedos são enaltecidos e inseridos em conto de fadas, fazendo os meninos e meninas idealizarem-nos e desejarem-nos. Os pais dessas crianças acabam por ceder aos pedidos dos filhos, provando a falta de consciência no consumo.     Para evitar que a mídia continue controlando a população, é necessário que o corpo pedagógico e de professores das escolas públicas e privadas, bem como o de professores das faculdades, orientem as crianças e os jovens a diversificar a busca pelas informações que veem, leem e ouvem, incentivando a pesquisa diversificada e alertando sobre a manipulação em jornais e revistas. Concomitantemente, os setores governamentais que regulamentam a publicidade devem controlar rigorosamente o que é veiculado ao público infantil, limitando a quantidade de anúncios e seu teor persuasivo.