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Enviada em: 23/04/2018

É indubitável que o reaparecimento de doenças erradicadas é frequente ponto de preocupações, intolerâncias, debates e aspectos inferiorizantes no Brasil. Desde a época da Escravidão, quando os escravos africanos eram transportados pelos chamados navios negreiros para exercerem um determinado tipo de trabalho escravo no âmbito Tupiniquim e, por conseguinte, se estabeleciam de forma degradante em estado de acorrentamento, nudez e sem nenhum processo higiênico o que causava a proliferação de doenças, inclusive, enfermidades infectocontagiosas que até então não existiam no território brasileiro, a partir de então o impasse persiste. Visto que, apesar de muitas doenças provenientes desse período já terem sido extinguidas, hodiernamente, algumas ressurgiram e persistem em continuar se proliferando. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas escravagistas e a falta de medidas profiláticas para a população dificultam a resolução da questão.    Considerando-se a vasta miscigenação de raças e etnias, situação de indigência em diferentes regiões brasileiras entremeada com a falta de orientação e prevenção de doenças por parte dos postos, hospitais e dos próprios profissionais de saúde, além da problemática em relação aos anti-vacinas em  certas localidades, os quais contribuem para o retorno das doenças já consideradas erradicadas.     Entretanto, é de grande percepção e naturalidade que as políticas de saúde, atualmente, abrigue extensa pluralidade e reivindicação no que se refere ao regresso de patologias antigas, posto que há existência de vacinas para a maioria dessas doenças que estão retornando como sarampo e febre amarela, porém o meio social, nos dias atuais, está se recusando a aceitar esse método profilático devido a uma série de argumentos como religiões e reações alérgicas por efeito dessa. Ademais, a falta de saneamento básico nos bairros e higienização dentro dos ambientes familiares colabora para o aumento de doentes.   Convém, desse modo, ao Ministério da Saúde promover, com uma parcela dos impostos públicos fornecidos pelo Governo, campanhas de vacinação, mensais, aplicadas por enfermeiros em todos os estados brasileiros para adultos e crianças, além de psicólogos e médicos que orientem a população sobre o quão importante é o processo vacinatório para que, assim, as pessoas voltem a querer receber o meio preventivo contra doenças já erradicas. Além disso, o Estado de cada região deve, com uma parte dos tributos públicos estaduais, fornecer tratamento de esgoto para os bairros desfavorecidos nas cidades que necessitam para que as pessoas estejam menos expostas à contração de doenças infectológicas. Afinal, um país que já lutou tanto para erradicar enfermidades trazidas pelo lamentável legado histórico dos navios tumbeiros carregados de escravos é digno de pessoas sadias e vacinadas.