Materiais:
Enviada em: 09/08/2018

A volta de doenças erradicadas     O sistema de saúde brasileiro recebeu, nas últimas décadas, um inexorável avanço, que contribuiu, inclusive, ao aumento na expectativa de vida média do brasileiro. Mesmo com as melhorias, tem-se notado, ultimamente, o retorno de doenças previamente erradicadas, como o sarampo e a poliomielite, associado à queda nos índices de imunização por vacinas.     Um dos principais motivos para a baixa na cobertura vacinal é o movimento antivacinas, que tem conquistado adeptos no contexto de disseminação de notícias falsas. Muito embora não possuam embasamento teórico comprovado, os membros desse grupo alegam que a carga viral à qual as crianças são expostas poderia causar efeitos colaterais indesejáveis. Atrelado a isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que mais de 1,5 milhão de crianças morre a cada ano por doenças que poderiam ter sido previnidas com a vacinação.     Contudo, esse número de mortes não está ligado apenas àqueles que evitam as vacinas por opção. Devido à desigualdade social e às precárias condições de saúde, infelizmente, ainda há uma expressiva parcela da sociedade que não possui acesso à imunização, sendo mais vulnerável em relação às doenças. Principalmente com a integração mundial, surtos locais podem facilmente evoluir a surtos globais, sendo motivos para preocupação e alerta ainda maior.       Em suma, o Ministério da Saúde deveria promover uma conscientização populacional acerca da importância das vacinas, expondo a atuação delas no sentido da erradicação de doenças virais, por meio de propagandas televisivas e vídeos nas mídias sociais. Desse modo, espera-se evitar que o movimento contrário às vacinas seja intensificado e que, consequentemente, diminua a incidência de casos de doenças erradicadas.