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Enviada em: 10/06/2018

Funcionando como a lei newtoniana da inércia a qual afirma que um corpo em movimento tende a permanecer assim, até que uma força suficiente atue sobre ele, alterando seu curso, o ressurgimento de doenças erradicadas no Brasil é um problema para os cidadãos do país. Assim, ao invés de atuar como força capaz de mudar a rota  desse óbice, do retorno desse mal para a sua extinção, um conjunto de fatores educacionais, como o não conhecimento sobre determinadas doenças, e socioeconômicos, como a desigualdade social, acabam por contribuir com a situação atual.   Em primeiro plano, vale a pena destacar que na revolta da vacina (1904), a capital do Rio de Janeiro, enfrentava um surto de doenças infectocontagiosas, como a peste bubônica e a varíola. Para essa última, o governo usou como método preventivo a vacinação obrigatória da população. Porém, esse método não foi totalmente aceito pelos cidadãos devido a falta de informações sobre os benefícios que ele trazia. De modo análogo, hodiernamente, uma grande parcela de nossa sociedade ainda não conhece as vantagens oferecidas na imunização por meio da vacina e, consequentemente, o número de infectados aumenta consideravelmente.   Ademais, após a industrialização do Brasil na década de 1930, a desigualdade social tornou-se mais evidente e provocou a segregação da classe operária, obrigando-os assim, habitar as margens do centros urbanos em condições precárias ausentes de saneamento básico. Dessa forma, sem a higienização necessária, esses lugares tornaram-se um "berço" para os mosquitos, como o Aedes aegypti, os quais são vetores de doenças como a febre amarela. Indubitavelmente, esses fatores contribuem para proliferação de vírus e bactérias, e por consequência, a população torna-se mais vulnerável a contração de doenças.  Portanto, fica evidente que razões a desigualdade social e a desinformação contribuem, consideravelmente, para o ressurgimento de doenças já erradicadas no Brasil. Dessa maneira, cabe ao Ministério do Meio Ambiente juntamento com o Ministério das Cidades realizar o saneamento básico nas zonas urbanas e rurais, principalmente nas periferias, desprovidas de rede de esgoto e água potável. Similarmente, faz-se necessário que o Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Saúde realizem campanhas socioeducativas em ambientes coletivos, como nas praças e escolas, e também em redes midiáticas para atingir um maior público com o intuito de informar a importância da vacinação no combate da disseminação e reaparecimento de certas doenças. Logo, essas ações funcionarão com a força supracitada, e assim, mudará a trajetória dessa problemática garantindo a população mais segurança na saúde.