Materiais:
Enviada em: 24/04/2018

O Brasil viu reemergir uma doença que se imaginava definitivamente erradicada no território, a febre amarela. Moléstias reincidentes como essa são preocupantes, já que colocam toda a sociedade em risco. Nesse viés, fatores ambientais e ideológicos explicam o retorno de doenças que, no passado, já haviam sido controladas.   Convém ressaltar, a princípio, que a destruição de florestas por desmatamentos e queimadas, para fins comerciais, é recorrente no Brasil e gera um enorme desequilíbrio ambiental. Por consequência disso, é indubitável a ocorrência de invasões de espécies silvestres nos centros urbanos, devido à destruição de seus habitats. Assim, fica evidente o risco de que doenças controladas voltem a aparecer, já que a maioria dos hospedeiros de vírus e bactérias são animais que vivem em matas e, apesar de uma vez repulsos das cidades, podem sim voltarem a ter contato com o homem.   Ao lado da questão ambiental, está a necessidade da permanência de uma sociedade vacinada, visto que existe a possibilidade de um novo contato com a doença. Porém, muitos grupos de pessoas têm resistência com a vacinação -principal método de controle de enfermidades- por não saberem, muitas vezes, a seriedade da imunização, que é, principalmente, impedir a reincidência de epidemias. Essa ideia ocorre desde o início do período republicano brasileiro, em 1904, quando a população se recusava a aceitar as vacinas impostas pelo Governo, por não saberem os motivos daquilo, o que deu início à famosa Revolta da Vacina. Visto isso, nos dias de hoje, as campanhas de vacinação ainda não esclarecem os riscos da não imunização da população.   Por fim, já que, por ser um país em desenvolvimento e crescimento econômico-industrial, não se pode evitar por completo o desmatamento no Brasil, é necessária a conscientização da população sobre os riscos do reaparecimento de doenças erradicadas. Essa conscientização deve ser feita através de melhorias nas campanhas de vacinação já existentes. Logo, cabe aos órgãos do Governo responsáveis pelas campanhas de vacinação mostrarem que uma população não imunizada pode acarretar na volta de doenças de alto risco, além de aumentarem as divulgações, levando as campanhas às escolas e transmitindo em canais televisivos.