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Enviada em: 25/04/2018

Com a evolução tecnológica na área de saúde, esperava-se que as doenças infecciosas transmissíveis como malária, dengue e febre amarela reduzissem sua importância como causa de morbidade e mortalidade das populações. No entanto, no cenário epidemiológico atual figuram de maneira significativa doenças há décadas controladas, dois fatores são considerados relevantes para este quadro, são eles: urbanização desenfreada e estratégias de prevenção desatualizadas.       Em princípio, é importante ressaltar que como consequência da política desenvolvimentista de Juscelino Kubischek, na década de 50, temos uma grande concentração demográfica nos centros urbanos e um processo de urbanização iniciado. Desse modo, nas décadas subsequentes, com a interiorização da economia, houve um avanço das áreas urbanas sobre áreas vegetais, gerando, com isso, um processo contínuo de desmatamento, desequilíbrio biológico, alterações ambientais e outros fatores que favorecem a mudança do comportamento epidemiológico de doenças antigas e antes superadas.       Outrossim, vale pontuar que as campanhas sanitaristas atuais, pautadas nas experiências de profissionais renomados como Oswaldo Cruz, funcionam para perfis epidemiológicos conhecidos, nos casos de doenças reemergentes, geralmente, ocorrem mudanças nesses perfis o que torna as estratégias desatualizadas e, em alguns casos, ineficientes.       Evidencia-se, portanto, a emergência do combate às doenças antes erradicadas, para tal, faz-se necessário uma reestruturação das estratégias de prevenção, essas devem ser baseadas nos novos perfis apresentados, cabe ao Ministério da Saúde capacitar os profissionais das Secretarias Estaduais de Vigilância Epidemiológica, principalmente na detecção e avaliação precoce de casos suspeitos de doenças reemergentes, a fim de desenvolver campanhas de prevenção e de vacinação, quando possível, mais coesas e direcionadas e , consequentemente, mais eficazes