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Enviada em: 25/04/2018

É de conhecimento geral que, atualmente, o sistema de saúde público do Brasil se encontra defasado. É mediante tal questão que muitas doenças tidas como erradicadas reapareceram na sociedade brasileira. Nesse contexto, é indispensável salientar que o modelo de desenvolvimento econômico regente está entre as causas dessa problemática. Diante disso, seja devido à falta de políticas públicas eficientes, seja devido à falta de comprometimento da população, muitas doenças estão sendo difundidas no Brasil e é essencial que o Estado atue de modo a impedir tal impasse.    Com a ascensão do capitalismo, a desigualdade entre as camadas sociais ficou bastante evidente. Um exemplo que ratifica esse pensamento aconteceu no início do século XX, quando a cidade do Rio de Janeiro foi afetada por uma epidemia de varíola. Nesse mesmo caso, o segmento mais rico da sociedade foi o primeiro a receber as vacinas contra tal enfermidade, enquanto a parcela mais pobre da população - que era a maioria - teve de racionalizar o restante da vacina. Seguindo essa linha de raciocínio, o sociólogo Karl Marx sustenta a ideia de que o Estado não deve priorizar nenhum grupo social em detrimento de outro, haja vista que esse ato colabora para a perpetuação da luta de classes. De maneira análoga, é possível perceber que por falta de administração e fiscalização pública por parte de algumas gestões, a eficiência do sistema de saúde público não é firmada.     Outro ponto relevante nessa temática, é a falta de conhecimento e comprometimento por parte da população no combate às doenças. Segundo ideário kantiano, a adesão popular e a educação determinam os rumos da sociedade; sendo assim, é necessário preocupação. Nessa ótica, estudos desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisas da USP indicam que nos últimos cinco anos, a dengue e a sífilis foram as doenças evitáveis que mais afetaram a população brasileira. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é imprescindível para transpor as barreiras da ignorância.       É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Para que isso aconteça, são necessárias medidas concretas que tenha como protagonista o Estado. O Ministério da Saúde deverá investir em campanhas sociais de prevenção de doenças. Isso pode ser feito aumentando a produção e distribuição de camisinhas em postos de saúde, bem como contratando profissionais para auxiliarem a população na eliminação dos focos da dengue. Com efeito, os casos de doenças sexualmente transmissíveis - sífilis, AIDS e gonorréia - e doenças transmitidas por artrópodes - dengue, febre amarela e chikungunya - serão atenuados. Outras medidas devem ser tomadas, porém, como considera Oscar Wilde, "O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou de uma nação".