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Enviada em: 26/04/2018

Hodiernamente, a varíola e a poliomielite são consideradas pela Organização Mundial de Saúde erradicadas no Brasil. Entretanto, algumas doenças como a sífilis e a febre amarela, controladas há muitos anos, reemergem e voltam a preocupar os serviços de saúde e a população. Desse modo, pode-se observar como possíveis causas desse retorno a ausência de políticas públicas de saúde, bem como a diminuição no uso de preservativos para doenças sexualmente transmissíveis e o déficit da adesão à campanhas de vacinação.       É sabido e pouco divulgado que o Brasil vive uma epidemia de sífilis. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2016 houve um crescimento de aproximadamente 30% nos casos dessa comorbidade entre os indivíduos. Por certo, é importante salientar que a sífilis é causada por uma bactéria denominada Treponema pallidum e o principal medicamento para seu tratamento é a Penicilina, descoberta ocasionalmente por Alexander Fleming em 1929. Ademais, o país enfrenta uma diminuição da distribuição do antibiótico por desinteresse de indústrias farmacêuticas em produzir o medicamento. Agregado a isso, observa-se a redução do uso de preservativos, haja vista que, a doença que causava transtornos e pânico há um tempo, é classificada hoje como uma enfermidade crônica pela descoberta de seu tratamento- a AIDS.          Outrossim, outra afecção que surge novamente no cenário nacional é a febre amarela silvestre, considerada fatal e mais perigosa que a dengue. Nesse contexto, é relevante citar que o avanço da interiorização populacional é um dos motivos de transmissão da doença, uma vez que, o desmatamento destrói o habitat desses vetores e alteram o ciclo da doença, que não circulava entre a população urbana. Apesar do exposto, a procura pela vacina é maior em períodos de surto da moléstia, aumentando assim, o risco dos indivíduos em contrair a doença.          Destarte, é de suma importância que o Ministério da Saúde invista em políticas públicas de saúde tendo como base prioritária a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis bem como as enfermidades transmitidas por vetores, como Aedes Aegypti e Haemagogus. Tais ações devem ser desenvolvidas nas unidades básicas de saúde com o propósito de sanar todas as dúvidas existentes acerca das doenças supracitadas, além de oferecer meios de prevenir e tratar as mesmas. Além disso, o uso de campanhas midiáticas pelo Governo é uma forma de sedimentar os conhecimentos transmitidos pelos profissionais de saúde, a fim de formar uma base sólida de educação sanitária  e promoção de saúde, para que num futuro próximo a sociedade possa usufruir de um país livre de doenças preveníveis.