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Enviada em: 03/05/2018

A preocupação das autoridades acerca das doenças epidêmicas no Brasil iniciou-se de maneira turbulenta na Primeira República. Mesmo hoje, apesar dos avanços na saúde pública, o Governo Federal enfrenta desafios similares aos do passado, muitos deles relacionados também a problemas correntes como a desigualdade social. Somado a isso, nos últimos anos, desastres ambientais comprometeram o equilíbrio ecológico e, consequentemente, aumentaram a transmissão de infectologias. Diante do exposto, é preciso que a abrangência das ações governamentais visem ao desenvolvimento social e à sustentabilidade ecológica para impedir um novo avanço de patologias que foram erradicadas.           É notório que, durante a primeira campanha de vacinação promovida em 1904, a maior parte da população brasileira vivia em situação precária, sem educação, renda e moradia. Sendo assim, o primeiro contato dessa com uma epidemia não foi bem aceita, o que culminou na Revolta da Vacina. A partir disso, pode-se observar que para obter sucesso em uma medida de prevenção, é preciso, antes de tudo, que a população em situação de risco tenha acesso à inclusão social.            Outro aspecto, nesse viés, é que a saúde pública no Brasil atingiu relativo progresso nos últimos anos, com programas massivos de imunização às patologias virais e bacteriológicas, e prevenção à DSTs. Entretanto, a população, em particular a mais jovem, têm dado pouca importância aos perigos da contaminação, pois essa já está inserida em um quadro de melhoria e redução de tais doenças. Dessa forma, o aumento dos casos de Sífilis e AIDS, ambas sexualmente transmissíveis, reflete uma desatenção desse grupo, e nesse aspecto, precisa da atenção das autoridades.           Além disso, o desastre ambiental que resultou na destruição da barragem, em Mariana, em 2015, resultou na alteração do equilíbrio no ecossistema da região, o que mais tarde levou a morte de muitos animais e a proliferação de uma doença, que até antes não era epidêmica, a febre amarela. Nesse sentido, é preciso precaução sobre meio ambiente, tendo em vista à saúde pública.             Portanto, evitar o retorno de doenças erradicadas, mas também de uma evolução das recentes, é preciso que o Governo Federal por intermédio do Ministério da Saúde, promova campanhas publicitárias na internet e outros meios de comunicação para alertar a população, em especial os mais jovens, sobre os riscos de doenças transmissíveis. Ademais, para ser eficaz, essas ações precisam promover o desenvolvimento social, com melhorias na educação básica, programas de combate a fome e a pobreza e ampliação do acesso à saúde pública. Outra medida, seria prevenir catástrofes, em áreas de maior propensão, que possam interferir no ecossistema e alterar o ciclo natural do meio ambiente.