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Enviada em: 09/05/2018

Ocorreu no Rio de Janeiro, em 1920, um movimento popular conhecido como revolta da vacina, que consistiu na resistência das pessoas contra a vacinação forçada imposta pelo governo, na qual aquelas alegaram ser uma estratégia deste para diminuir a população. Já no século XXI, ainda existe resistência contra recomendações médicas e medidas governamentais quanto ao controle de doenças. Nesse sentido, a negligência da população a medidas profiláticas, somado a tratamentos ineficientes, torna possível o ressurgimento de doenças que haviam sido erradicadas.   É necessário destacar, antes de tudo, que o descaso com a prevenção de doenças possibilita a ocorrência de surtos dessas. De acordo com o físico Isaac Newton, em sua terceira lei da dinâmica, toda ação gera uma reação de mesmo módulo, mesma direção e sentido contrário. Dessa forma, ao deixarem de se vacinar por medo ou crença de que essa medida profilática faz mal, assim como não combaterem os vetores de doenças como a dengue, por exemplo, a população torna-se suscetível à contração de inúmeras enfermidades e contribui à sua disseminação. Desse modo, é clara a reação negativa gerada pela negligência da sociedade.   É inegável, ademais, que o tratamento incorreto para algumas doenças, como as bacterianas, cria condições para seu reaparecimento em uma forma mais difícil de ser tratada. Segundo o biólogo Chales Darwin, em sua teoria da seleção natural, o meio seleciona os seres mais aptos. Sendo assim, ao usarem antibióticos de forma inadequada ou generalizada no controle de doenças, os seres propiciam a seleção de bactérias resistentes que vão se reproduzir e, em um segundo surto dessa doença, caracterizarão uma forma resistente a esses antibióticos, de modo a evidenciar a dificuldade em seu combate.    Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas a fim de evitar o ressurgimento de doenças já eliminadas. Sendo assim, cabe ao Ministério da Saúde reeducar a população sobre a importância da prevenção e tratamento correto de doenças, por meio de palestras ministradas por médicos e biólogos, que esclareçam sobre o funcionamento de vacinas, explicitem as consequências de uso indevido de antibióticos e ensinem medidas de controle a vetores de doenças. Espera-se com isso que a sociedade torne-se mais eficiente na prevenção e combate dessas enfermidades.