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Enviada em: 10/05/2018

O retrocesso no combate a doenças infecciosas                   As patologias infecciosas são causadas por vários agentes, como vírus bactérias e protozoários, sendo muitas delas adquiridas pelo contato direto e outras contraídas através de vetores. Com o avanço da medicina e da farmacologia e a consequente criação de vacinas e antibióticos, muitas dessas doenças foram sendo combatidas e prevenidas em larga escala. Entretanto, atualmente no Brasil, devido ao desenvolvimento industrial e um desequilíbrio ambiental aliado ao intenso aumento demográfico, como também a negligência das pessoas nos métodos preventivos das doenças e do decadente saneamento básico em algumas regiões, tem provocado o reaparecimento de certas patologias antes controladas, o que facilita o surgimento de epidemias e mortes de pessoas por doenças que não deveriam mais ser alvos de preocupação pública.       Vale ressaltar que com o desenvolvimento industrial e urbano mais o aumento da população, ocorre uma maior degradação dos ambientes naturais, como desmatamento e alagamento de regiões, causando alterações nas populações de animais, o que influencia  no desdobramento de doenças causadas por vetores. Verifica-se isso no surto de febre amarela ocorrido no fim de 2017 e início de 2018, em que a barragem destruída em Mariana (MG), provocou o declínio da população de sapos da região, que exercem o controle biológico dos mosquitos silvestres (vetor da febre amarela), ocasionando a proliferação do ultimo e um consequente surto da patologia febre amarela, antes controlada e praticamente erradicada no país.        Além disso, a negligência da vacinação, principalmente nas crianças agravam esse cenário, pois boa parte das vacinas são tomadas ainda na infância. No entanto, essa negligência é resultado de correntes de pensamentos errôneas que afirmam haver um efeito negativo de certas vacinas, como por exemplo a visão do pesquisador Andrew Wakefield, que acreditava que a vacina Tríplice Viral influencia no desenvolvimento do autismo. Paralelamente, o saneamento básico de má qualidade também corrobora para esse fenômeno, visto que diversas doenças são transmitidas pela água , facilitando a contaminação das pessoas, fato comprovado pelas regiões Norte e Nordeste, que possuem baixos índices de saneamento básico, tendo como terceira principal causa de morte as doenças infecciosas.      Sendo assim, medidas para sanar esse problema estariam relacionadas a tais fatores atuantes, de forma que seria necessário que o Governo atuasse na saúde, exigindo através de uma lei, a carteirinha de vacinação em dia do cidadão, além de investir no saneamento básico, principalmente nas regiões mais carentes, e  promover uma fiscalização mais severa com os impactos causados pelas indústrias.