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Enviada em: 28/05/2018

A Revolta da Vacina ocorrida, em 1904, na primeira república brasileira, foi consequência da companha obrigatória de vacinação, visando a erradicação da varíola. Em pleno século XXI, sob situação análoga, o Brasil enfrenta o reaparecimento de doenças erradicadas, como a zika, a malária e a sífilis, representando, assim, um desejo a ser enfrentado de forma mais organizada na sociedade. Dessa forma, é necessário analisar os principais motivos desse fenômeno, cujo prejuízo é enorme para a saúde social.   Cabe salientar que o modelo capitalista da sociedade esteja entre uma das causas do reaparecimentos das doenças endêmicas. Observa-se que o desenvolvimento econômico baseado na exploração dos recursos naturais, visto a intensa prática do desmatamento, causa um alto desequilíbrio ecológico e alterações climáticas. Por conseguinte, o habitat dos vetores dessas doenças é afetado, forçando sua migração para os centros urbanos. Além disso, o intenso fluxo de pessoas entre as áreas virgens, recentemente, acessadas e a cidade, causa urbanização de doenças silvestres, como a febre amarela silvestre, que possui como vetor os mosquitos Aedes Aegypti - transmissor também da dengue - e o Haemagogus. Logo, a intervenção humana no meio ambiente contribui, diretamente, para a crescente volta de doenças consideradas controladas.   É notório ainda que o baixo investimento governamental em campanhas profiláticas também pode ser relacionado ao aumento das patologias já erradicadas. Verifica-se o escassez repasse de verbas para ações voltadas a situações de emergências epidemiológicas, baixas ações de medidas de higiene, visto o crescimento da população em áreas sem saneamento básico e disponibilização precária de vacinas. Eventos esses que contrariam a Constituição Federal de 1988, que reconhece a saúde como direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas à redução do risco de doenças. Assim, a quebra de medidas de saúde pública prejudica a qualidade de vida social.   Portanto, o reaparecimento de doenças endêmicas requer ações mais efetivas para ser erradicada na sociedade brasileira. Nesse sentido, o Governo Federal deve ampliar suas campanhas de combate à essas doenças, por meio do Ministério da Saúde, disponibilizando, de forma organizada, mais recursos financeiros para medidas preventivas, com o aumento da diversificação dos tipos vacinas nas Clínicas da Saúde, mais profissionais especializados para auxiliar a população, além, de financiar mais pesquisas destinadas a criação de vacinas. Espera-se, com isso, promover uma saúde pública efetiva e total controle das doenças, visando o não reaparecimento delas. Assim, será possível, gradativamente, erradicar essa problemática.