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Enviada em: 31/05/2018

A doença varíola foi erradicada do Brasil e do mundo pouco depois da Segunda Guerra Mundial, porém, antes disso, fez milhões de vítimas que morreram descontroladamente por todo o planeta. Nesse ínterim, sem ter como enterrar todas essas pessoas, muitas foram deixadas ao ar livre e decompostas pelo tempo ou cobertas por neve, como ocorreu na Sibéria. Esse fato, nos dias correntes, tem causado preocupação à Organização Mundial de Saúde, visto que, diante do degelo no país o vírus pode voltar a se manifestar. Diante disso, é indubitável que ações antrópicas e o desenvolvimento não sustentável são prejudiciais ao meio ambiente e corroboram, significativamente, para o reaparecimento de doenças já ausentes do mundo.    Mormente, desde a revolução industrial, quando a população mundial aumentou os índices de poluição e iniciou, de forma mais evidente, a destruição de matas e a contaminação do ar. É notório, que o homem tornou-se mais agressivo à fauna e a flora do planeta. Dessa forma, a não sustentabilidade de algumas empresas, ações do governo e até mesmo do indivíduo, nos dias atuais, são fatores que colaboram para o ressurgimento de doenças já não ameaçadoras à população. Um exemplo disso foi a epidemia de febre amarela silvestre, na qual o Brasil viveu entre 2015 e 2017, uma enfermidade mais comumente encontrada em áreas rurais, mas que também se espalhou para alguns locais urbanos pela destruição e a proximidade com florestas e até mesmo, pelo assassinato de macacos por uma parte ignorante da sociedade.     Outrossim, é que devido a não precaução de muitos brasileiros em tomar vacinas e a disseminação de notícias falsas, por meio de redes sociais, acerca delas serem mais prejudiciais do que benéficas, causa resistência dos cidadãos menos informados. Essa realidade foi vista historicamente no âmbito brasileiro, sendo um dos casos a Revolta da Vacina, onde a população mais carente rebelou-se contra o governo pela obrigatoriedade da vacinação contra a varíola. Nesse contexto, essas pessoas acreditavam que aquela injeção poderia ser um meio de matá-las ao invés de uma forma de prevenção à doença.     Perante o exposto, é imprescindível, pois, que órgãos, como o Ministério da Saúde, façam parcerias com ONG's de proteção ao meio ambiente, a fim de criarem projetos de proteção de florestas e animais, por meio da disponibilização de funcionários que fiscalizem áreas mais afetadas e documentários sobre a importância da preservação e da vacinação para a saúde nacional. Dessa maneira, informando o cidadão mais carente e criando uma sensação de confiança, visando assim, talvez, impedir que situações, como o degelo na Sibéria, sejam temidas pela população.