Materiais:
Enviada em: 21/05/2018

O Brasil é considerado um país vanguardista em termos de tecnologia contra doenças infecciosas, detendo políticas de vacinação reconhecidas internacionalmente, como o Programa Nacional de Imunização, criado em 1973. Entretanto, o alarmante aumento de casos de patologias antes consideradas erradicadas permite supor uma correlação com o atual modelo econômico-social nacional, acrescido da gestão de saúde pública relapsa e desatualizada.      É sabido que por pertencer a uma nação subdesenvolvida, a população brasileira sofre de problemas como carência de saneamento básico, moradias precárias e subnutrição. Estas dificuldades, associadas ao baixo nível de escolaridade, fornecem cenário propício tanto para a propagação de moléstias com alto potencial de proliferação, como para a difusão de movimentos equivocados e desprovidos de base científica, como o Movimento Anti-Vacina, que encoraja a não imunização argumentando mais malefícios que benefícios, causando grande retrocesso.       Outrossim, os indícios de descaso no campo da saúde pública são observados através do declínio de programas de conscientização e vacinação, além do insuficiente investimento em pesquisas mais aprofundadas no setor epidemiológico, tornando a medicina carente de dados atualizados sobre mutações e novos tratamentos, por exemplo. Adicionando ainda outro fator determinante à problemática, que é o escasso controle do desequilíbrio ecológico - desmatamentos, poluição dos rios e má alocação de lixo, reitera-se a necessidade de novas estratégias no combate aos surtos infectocontagiosos vistos nos últimos anos.       Diante do exposto, conclui-se que ao combater essas doenças é imprescindível a atuação conjunta entre sociedade e Estado, através de ações de pequeno e grande porte. É necessário que a vacinação não seja feita apenas em postos de saúde, mas em escolas e residências. Também é relevante aumentar as visitas dos agentes de saúde a residências e promover ações que visem conscientização das comunidades. Por fim, o Ministério da Saúde deve aumentar o incentivo à pesquisa de novos métodos preventivos e imunizantes, bem como reduzir e monitorar áreas ambientais críticas, evitando alterações na biogeocenose. Esses artifícios devem ser empregados simultaneamente e mantidos em constante atividade, para que a erradicação se torne um fato, não uma hipótese.