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Enviada em: 18/07/2018

Ainda no começo do século XX, a Revolta da Vacina tomou conta da cidade do Rio de Janeiro. Nessa manifestação, as camadas populares se revoltaram contra políticas de saúde pública e de saneamento, porque havia boatos de que as vacinas aplicadas nos indivíduos eram maléficas. Nesse sentido, apesar dessa ideia ter sido combatida a quase um século, ela voltou ainda mais forte e globalizada, tendo como braço direito os meios de comunicações, o qual espalha massivamente mensagens falsas, e a falta da comunicação do Estado com sua própria população.       Em primeiro plano, segundo o G1, cerca 312 cidades estão em estado de alerta para o reaparecimento de doenças já erradicadas, isso por causa dos movimentos anti-vacinas. Isto posto, uma das principais causas dessas revoltas são os boatos na internet e seus derivados, que acabam por alienar parte de uma sociedade, provocando danos de grande proporção. Dessa maneira, de acordo com sociólogo Adorno, a mídia cria certos estereótipos que tiram a liberdade de pensamento do telespectador, forçando imagens, muitas vezes, errôneas, ou seja, aplicando a tese na temática, a internet acaba por usar estigmas que incentivam o medo, como adquirição de autismo por meio das vacinas, para forçar figuras pejorativas. Desse modo, uma única notícia sem fontes espalhada de forma irresponsável, pode causar boicote na tentativa de prevenção.       Ademais, segundo Tomas Hobbes, quando não há um poder soberano, o qual exerça adequadamente seu comando, os indivíduos tendem a entram em seu estado natural de conflito, isto é, em uma sociedade onde o Estado é passivo, os cidadãos tendem a se rebelar, uma vez que não existe ordem ou conscientização. Desse modo, o governo não tomando atitudes necessárias para o combate desses grupos ou dessas ideias, a tendência é que o conflito cresçam cada vez mais. Logo, a volta das doenças se dá, principalmente, pela falta de atitude do próprio governo em conscientizar e desmitificar mentiras que circulam no meio social.            Entende-se, portanto, que cabe ao Ministério da Saúde, junto com à Secretaria de Comunicação Social,  por meio de propagandas em horário nobre nas redes televisivas, informar a importância da vacinação e desconstruir as principais mentiras relacionadas a prevenção, como por exemplo, especificar que não há nenhuma comprovação de que vacinas possam desenvolver autismo no indivíduo e nem outras doenças relacionadas ao corpo humano, pois a função da vacinação é justamente ser benéfica a saúde. Além disso, cabe a Polícia Federal, investir nas áreas cibernéticas, como qualificação para procura de IP's (identificação dos computadores) e máquinas, para que se possa achar os disseminadores de notícias falsas e, assim, multa-los devidamente.