Materiais:
Enviada em: 18/07/2018

No século XIX, o sanitarista Oswaldo Cruz mudou a saúde pública no Brasil ao combater doenças que assolavam a população da época. Contudo, atualmente, algumas patologias consideradas erradicadas voltaram a causar surtos que preocupam os órgãos de saúde no país. Sob essa ótica, é preciso entender as verdadeiras causas desse reaparecimento para solucionar o problema.     A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a vacina uma das formas mais efetivas e baratas para reduzir a mortalidade infantil. No entanto, o movimento antivacina - que surgiu em 1998 com a publicação de um artigo sobre a relação da tríplice viral com o autismo em crianças - tem ganhado força no mundo todo. Essa realidade é uma das principais responsáveis pelo reaparecimento de doenças, como o sarampo. Isso se deve ao fato de que quanto mais pessoas vulneráveis, maior a chance de haver um surto de uma determinada enfermidade. Dessa forma, a escolha de um grupo torna-se prejudicial a todos.     Sobre essa questão, também é fundamental mencionar a relação da degradação ambiental com o surto de doenças no Brasil. Nesse sentido, o desmatamento provoca a redução do habitat natural de muitos hospedeiros silvestres que, em busca de sobrevivência, vão até as zonas urbanas. Além disso, o aquecimento gradativo do planeta é propício à proliferação de mosquitos vetores de diversas enfermidades. Esses fatores são um dos responsáveis pelo reaparecimento de doenças como a febre amarela e a dengue que já fizeram várias vítimas no país.     Por fim, outro desafio acerca desse problema são as chamadas doenças negligenciadas. Essas patologias, como é o caso da malária, ocorrem com maior frequência em regiões ocupadas por populações pobres e, por isso, recebem poucos investimentos em pesquisa e métodos de prevenção. Assim, fica claro que até a saúde da população está submetida à logica do lucro capitalista.     Diante disso, a fim de garantir o bem-estar social, cabe ao Ministério da Saúde reforçar as leis de vacinação através de incentivos-como a obrigatoriedade de apresentar a cartela de vacina completa no ato da matrícula em escolas e universidade - e penas mais duras para aqueles que descumprirem a lei. Ademais, é importante que a escola desperte no indivíduo, desde a infância, uma consciência ambiental, com o intuito de reduzir a degradação do meio. Nesse viés, também são necessárias campanhas em prol da qualidade de vida em regiões subdesenvolvidas. Somente assim, o país poderá assegurar o direito à saúde contido na Constituição vigente.