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Enviada em: 03/06/2018

A criação do Sistema Único de Saúde, em 1988, representou um marco para a saúde pública brasileira. Contudo, nos últimos anos, doenças erradicadas no Brasil estão reemergindo. Nesse sentido, convém analisar fatores que contribuem para a problemática, bem como medidas capazes de solucioná-la.       Em primeira análise, pode-se destacar o descuido em relação a preservativos como um dos principais motivadores para o agravamento do problema. Com a criação da pílula anticoncepcional, o medo de gravidez indesejada diminui, ao passo que o uso da camisinha se tornou arbitrário entre os jovens. Consequentemente, a sífilis, doença sexualmente transmissível que assolou a Europa no século XV, ressurgiu no Brasil de modo alarmante: em 2015, dados do Ministério da Saúde informaram um aumento de mais de 5.000% de casos em relação à 2010. A questão se torna ainda mais grave pelo fato de fetos desenvolverem a patologia de forma congênita.        Além disso, o movimento antivacina também pode ser relacionado com o aumento da reemergência de doenças consideradas erradicadas no país. Nota-se um temor fruto de postagens sem base científica em redes sociais, que associam vacinação à efeitos colaterais como autismo — o que foi o caso da tríplice viral em 1998. Não obstante, as reais reações adversas causadas pela imunização — a saber: febre, diarreia, sono excessivo — também assustam os pais de crianças pequenas. Isto posto, o número de pessoas suscetíveis a se contaminarem com sarampo, por exemplo, aumenta, representando um desafio à saúde pública.       Assim sendo, o reaparecimento de doenças erradicadas no país requer ações mais efetivas para ser atenuado. A partir disso, o Ministério da Educação deve alterar a grade curricular dos Ensinos Médio e Fundamental, tornando aulas de Educação Sexual obrigatórias nas escolas, com o objetivo de discutir e ensinar a importância e o uso correto de preservativos. Espera-se, com isso, diminuir a incidência da sífilis. O Ministério da Saúde deve incentivar a vacinação por meio de campanhas de circulação nacional que expliquem a necessidade da imunização e ponham fim a mitos, com o intuito de aumentar o número de crianças protegidas.