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Enviada em: 05/07/2018

As doenças reemergentes são aquelas que estavam controladas, ou até mesmo erradicadas, mas que voltam a ameaçar a saúde humana. No Brasil, os fatores sociais e ambientais estão diretamente envolvidos na determinação de reemergência das doenças infecciosas. Dessa forma, é preciso analisar como essas causas atuam e adotar medidas para o seu devido combate.        Pode-se considerar como primeiro ponto em questão os fatores sociais como meio de transmissão de doenças. Nesse sentido, o movimento anti vacinação ganhou adeptos pela sua difusão nas redes sociais, o que contribuiu com a reemergência do sarampo, pois o Brasil tinha sido considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), território livre dessa doença em 2016, e os primeiros estados que voltaram a registrar os casos foram Ceará e São Paulo. Além disso, as mudanças comportamentais e a falta de proteção nas relações sexuais contribuíram com a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis, em especial da sífilis, pois o Ministério da Saúde constatou, em 2016, um aumento de aproximadamente 30% dos casos.em comparação ao ano anterior.        É importante pontuar, ainda, os fatores ambientais como influência fundamental na propagação de doenças. Nesse contexto, o planeta passou por um forte El Nino nos anos de 2014 e 2015, e afetou toda a dinâmica de distribuição das chuvas no Brasil. Tal fenômeno climático esteve relacionado com a seca daqueles dois anos e isso levou as pessoas a armazenarem água que sobrava dos reservatórios. No entanto, essa ação foi importante para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti – transmissor da dengue, febre amarela, zika e chicungunya – por tornar um ambiente propício para a reprodução desse vetor devido ao acúmulo de água parada, e o índice de casos de dengue, segundo o Ministério da Saúde, foi recorde em 2015.        Com base nos fatos apresentados, medidas devem ser aplicadas para o controle das doenças reemergentes. Portanto, é cabível ao Ministério da Saúde criar campanhas de conscientização, a serem divulgadas nos meios midiáticos, para a população ter mais responsabilidade quanto às medidas de prevenção. Ademais, as Secretarias Municipais de Saúde devem reforçar as inspeções nos domicílios, com a inclusão de mais agentes sanitários, para retirar ambientes propícios de reprodução de vetores com o intuito de diminuir os criadouros e o número de casos das doenças. Logo, essas medidas irão amenizar esse problema.