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Enviada em: 17/06/2018

Certa vez, Oswaldo Cruz, sanitarista no século XX do Rio de Janeiro, enfrentou a indignação popular e conseguiu erradicar a epidemia de febre amarela. Seus métodos eram extremamente radicais, o que levou em pouco tempo ao retorno dessa doença. Nos dias atuais, todo o país sofre com as doenças transmitidas pelo mosquito - mesmo com o enorme avanço técnico-científico - por causa de fatores políticos, econômicos e sociais. Diante disso, é válido refletir : há como combater o reaparecimento de doenças já erradicadas ?    É importante destacar, antes de tudo, o real valor das campanhas feitas e aplicadas pelos postos de saúde e como elas podem ajudar a resolver problemas do nosso tempo. Em um contexto de crise no sistema único de saúde,na economia e na moral de nossos representantes, o Brasil tenta combater as patologias que são causadas por vírus e bactérias através das campanhas de vacinação. Prova disso é que já conseguimos erradicar duas doenças transmitidas por vírus: a varíola e a poliomielite. Porém, há doenças onde a prevenção pode ocorrer de maneira mais eficaz, como as doenças sexualmente transmissíveis e as causadas pelo mosquito Aedes aegypti. No entanto, torna-se difícil por conta de dois fatores: primeiro, o descaso dos governantes e, por conseguinte, o descaso da população.   Cabe perceber que as pessoas são fundamentais no processo de conscientização. Contudo, a baixa escolaridade do povo brasileiro, os enormes níveis de pobreza e as condições de vida da população dificultam o processo de erradicação de doenças. Convém destacar, também, o descaso dos governantes que em nada mudam essa realidade. Nesse contexto, mesmo que haja campanhas por parte dos profissionais de saúde, estas se tornam ineficazes ou não conseguem atingir a grande massa popular. Prova disto, recentemente em Salvador e demais estados, houve campanhas de vacinação contra a febre amarela. No entanto, com a escassez da vacina, os postos tiveram que fracionar a mesma para poderem atender a demanda e, mesmo assim, houve relatos de pessoas que não foram imunizadas.      Torna-se evidente, portanto, a dificuldade no processo de combate à doenças no Brasil e, por conta disso, o seu reaparecimento é cada vez mais previsível. Nesse sentido, o Governo e a mídia podem trabalhar difundindo informações sobre a necessidade do combate à doenças tanto virais quanto bacterianas. Campanhas cobrando essa ação por parte de ONGs e escolas precisam ser divulgadas e  evidenciadas nos meios de comunicação. A intensificação de trabalhos socais devem ocorrer, de forma que, pouco a pouco, o trabalho de combate já feito por Oswaldo Cruz, um dia, seja realmente tão expressivo quanto foi naquela época.