Materiais:
Enviada em: 18/06/2018

Ao longo da história humana, com os avanços técnico-científicos da medicina muitas doenças foram combatidas. Contudo, hodiernamente, percebe-se a persistência desse infortúnio, com incidência significativa. À vista disso, essa realidade se configura, sobretudo, pela falta de infraestrutura urbana, com a precária rede de saneamento básico, bem como pela ausência de uma conscientização colaborativa por parte da sociedade. Essa circunstância demanda uma atuação mais arrojada entre o Estado e as instituições formadoras de opinião, com o fito de erradicar tais enfermidades.        De fato, é indubitável que a desestrutura urbana promova a ascensão de doenças no País. Isso posto, pode-se citar os surtos de diarreias e dengue na cidade de Ananindeua, no Pará, causados pela carência da infraestrutura sanitária. Nesse sentido, é perceptível que as moradias precárias, a ausência de esgoto encanado, além das irregularidades no abastecimento de água contribuem para a persistência de enfermidades. Além disso, ressalta-se a escassez de verbas para o desenvolvimento tecnológico, a fim de combater o regresso de moléstias. Esse impasse promove o retorno e disseminação dessas mazelas, o que põe em risco a saúde dos brasileiros.         Outrossim, a dificuldade na cooperação social contribui para potencializar o reaparecimento de patologias. Nesse ínterim, a filósofa Hannah Arendt afirma ser a negligência em relação ao outro uma das maiores problemáticas da modernidade. Mediante a isso, ao não haver a colaboração pela maioria da sociedade, muitos indivíduos expõem seu caráter egoísta, pois colocam em perigo a saúde do próximo. Isso evidencia-se, por exemplo, no combate a dengue, uma vez que parte da população descarta lixo a céu aberto e permite o acúmulo de água parada em suas residências, condição primordial para proliferação do mosquito "Aedes aegypti".        Urge, portanto, que, mediante a realidade nefasta de doenças  em regresso, a necessidade de intervenção se faz imediata. Para tanto, é fulcral que o Estado, em sinergia com o Ministério das Cidades, elabore projetos sociais, os quais permitam o saneamento básico de qualidade, com moradias dignas e o abastecimento hídrico regular, com o escopo de combater a proliferação de doenças. Ademais, cabe à escola, juntamente com a mídia, estimular a sensibilização dos indivíduos com a utilização de ficções engajadas, novelas e filmes, direcionadas as disciplinas de história e biologia, no intuito de transmitir os males causados pelas moléstias. Destarte, tal problemática será gradativamente reduzida.