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Enviada em: 16/06/2018

Sabe-se atualmente que um fator preponderante para a propagação da peste bubônica foi o trato inadequado do lixo, na Europa do século XIV. Determinadas condições, como essa, contribuem para o alastramento de moléstias, que causam inúmeros prejuízos ao bem-estar social. Nesse contexto, o reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil, está ligado à manutenção das más condições de saneamento básico e ao problema da recusa vacinal.     Existe um jargão muito conhecido no Brasil que diz: políticos não priorizam estruturas de saneamento, porque elas ficam debaixo da terra. Essa expressão popular, dentre outras coisas, revela quanto o investimento nessa área é escasso no país; e como o asseio está ligado ao controle de enfermidades, contribui assim para o ressurgimento de doenças erradicadas no Brasil. Nesse cenário, segundo o Portal do Saneamento Básico, mais de 40% da população vive em áreas sem tratamento de esgoto. Diante desse exemplo, entende-se quanto boa parte do povo brasileiro está exposto à circunstâncias que permitem a reprodução de parasitas, dificultando a extinção desses males por longos períodos. Dessa forma, os órgãos governamentais cabíveis precisam aplicar estratégias eficientes no combate a esses problemas.   Além disso, outro obstáculo para extinguir essas doenças é a recusa vacinal, que preocupa os especialistas em saúde e pode auxiliar no reaparecimento de moléstias, porque os indivíduos ficam vulneráveis aos agentes transmissores. Esse empecilho pode formar ainda os bolsões de infecção, que são áreas em que é grande o número de pessoas suscetíveis a contrair e espalhar as enfermidades, pois vivem em locais próximos. O infectologista Guido Levi diz que o brasileiro está deixando de vacinar os filhos por motivos banais, o que colaboraria com isso. Assim, é grande a necessidade nacional de uma ação governamental no intuito de esclarecer melhor a população quanto a importância da vacinação, pois por conta de um medo infundado, muitas pessoas estão expondo seus filhos, e consequentemente a si mesmos, ao risco do contágio de doenças graves.   Diante das premissas expostas, é urgente que os Ministérios da Saúde e Meio Ambiente trabalhem em conjunto, mapeando as áreas onde há carência de saneamento, e solicitem ao governo federal a construção dos aparatos adequados, para atender a demanda populacional. Ademais, o Ministério da Educação deve intensificar os mecanismos de conscientização populacional a respeito da vacinação e da prevenção de enfermidades, por meio de palestras - para alunos e pais, com especialistas da área. Assim, uma sociedade mais informada e disposta a evitar o reaparecimento de doenças poderá ser gradualmente formada.