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Enviada em: 06/07/2018

Em 1904, o Governo Federal, e o médico sanitarista Oswaldo Cruz, promoveram campanhas de vacina obrigatória e de combate a focos de mosquitos, medidas que erradicaram doenças como a febre amarela e a varíola no Brasil. Entretanto, dados do Ministério da Saúde, constam que entre Julho de 2017 e Janeiro de 2018, foram confirmados 213 casos de febre amarela no país, trazendo novamente preocupações acerca de enfermidades que tinha-se controle. Nesse sentido é necessário a análise das principais causas para doenças reemergentes.              Mesmo após a campanha da vacina obrigatória, a população relutou as medidas governamentais, pois não tinham informação acerca do funcionamento da vacina e de seus benefícios. Atualmente os movimentos anti-vacina ainda influenciam parte da sociedade, devido disseminação de falsas informações que ocorre rapidamente nos meios de comunicação, principalmente pelas redes online. Uma pesquisa realizada pelo Consumo de Notícias do Brasileiro mostra que somente 39% das pessoas têm o hábito de sempre checar a fonte da informação. Infelizmente, confirmar a veracidade de um notícia e procurar por comprovações científicas e estatísticas, não são hábitos de muitos indivíduos, por fim predomina a ignorância acerca do assunto.                                                     Segundo o Instituto Trata Brasil, mais de 100 milhões de pessoas não tem as suas casas ligadas a redes de esgoto no Brasil. E apenas 40% dos esgotos são tratados. A carência de serviços de água potável, coleta e de tratamento de esgoto, cria um ambiente propício ao desenvolvimento de doenças graves, como a dengue, leptospirose e a cólera. Ademais, ambientes sem saneamento básico estimulam a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que além de transmitir doenças como a dengue, também transmite o vírus do Zika, Chikungunya e a Febre amarela. É inadmissível que um país, onde o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição, e onde as fontes hídricas são tão abundantes, tenha tamanho descaso com a gestão de saneamento básico, que além de ameaçar a saúde pública, também contribui com a poluição de rios e nascentes.                                                             O reaparecimento de patologias é uma realidade brasileira que deve ser afrontado e remediado. O Governo deve investir mais nas obras de saneamento básico, para que alcance todas as populações, e garanta esse direito como cidadão, combatendo o ambiente favorável de enfermidades e melhorando a saúde pública local. Outrossim, deve realizar projetos com ONG'S para que consigam levar a informação correta sobre a vacina e seus feitos, tanto em escolas como em comunidades,  diminuindo o desentendimento acerca das campanhas de vacinação.