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Enviada em: 23/06/2018

Oswaldo Gonçalves Cruz, médico bacteriologista do início do século XX, foi pioneiro no combate à epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro; seus estudos acerca dos métodos de proliferação, permitiram a ele propor, na época, medidas tanto polêmicas, quanto eficazes, de prevenção. No entanto, o Brasil não evoluiu, na causa, com o mesmo entusiasmo no decorrer das décadas, estando propício à reincidência de doenças similares. Nessa perspectiva, é indubitável que o reaparecimento de patologias infecciosas em território brasileiro é produto, sobretudo, de um sistema de prevenção sucateado.       Em primeira instância, a ineficiência potencial dos programas de combate às epidemias fundamentam-se, inicialmente, em decorrência da falta de informações prestadas à população. Analogamente, ao caso de 1900, a resistência popular ao projeto de Oswaldo deu-se devido a ignorância da sociedade perante a situação, o que culminou na conhecida Revolta da Vacina.  Ou seja, para obter o sucesso na erradicação de tais doenças infecciosas, é necessário elucidar o povo acerca da ocorrência, bem como da procedência, dos casos.        Ademais, a alta mobilização pública, munida de investimentos incisivos, é imprescindível para impedir o ressurgimento de casos de contaminação em massa. A exemplo dos mata-mosquitos, um dos feitos mais radicais do bacteriologista, o qual agiu ativamente sobre os focos transmissores, evitando, assim, a proliferação. Desse modo, além de atuar com profilaxias na população, o combate direto ao agente causador, por meio de intervenções de profissionais da saúde,  impede a reincidência de novas epidemias.        Em suma, medidas públicas são necessárias para alterar o cenário atual. É fundamental, portanto, o investimento e a mobilização governamental no sistema de prevenção e combate às epidemias virais e bacterianas do Brasil. Ocorre-se-á por meio da reestruturação do corpo de agentes municipais da vigilância sanitária, ministrados pelo Ministério da Saúde, a fim de engajar e educar a sociedade quanto à prevenção e combate aos transmissores de tais patologias. Dessa forma, o reconhecido legado de Oswaldo Cruz se manterá vivo, inspirando as futuras gerações na manutenção da saúde.