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Enviada em: 30/06/2018

Retorna a revolta, retornam as doenças Em 1904 ocorria na cidade Rio de Janeiro a Revolta da Vacina, levante popular contra a campanha de vacinação imposta pelo governo após ser convencido pelo sanitarista Oswaldo Cruz, que tinha o intuito de tornar a cidade mais higiênica e livre de doenças. Atualmente a situação se repete:  precárias condições de higiene nas cidades e resistência de parte da população em se vacinar, havendo com isso um retrocesso.       Em vista disso e de que para Aristóteles os erros são decorrentes da ignorância humana, o desconhecimento e a desinformação de uma parcela da população brasileira sobre o funcionamento bioquímico das vacinas lava-os a acreditar que se vacinar é algo que pode trazer riscos à saúde, que a vacina trás o agente patogênico em sua composição. Contudo, como disse o médico suíço Paracelso: "A diferença entre o remédio e o veneno está na dose". Dessa forma, o patógeno neutralizado usado na vacina não apresenta riscos, tornando o medo de adoecer por vacinação injustificado.            Ademais, não é somente a redução do número de brasileiros vacinados (queda de 8% entre 2016 e 2017, segundo o Ministério da Saúde), que propicia um terreno fértil para o retorno de moléstias outrora extintas, o saneamento básico deficiente e as condições pouco higiênicas das cidades também contribuem para o fenômeno. Comparando com a teoria do Contrato Social de Thomas Hobbes, no qual o governo tem o dever de garantir a vida dos governados, se a população adoece e morre devido ao retorno de uma doença, significa que as medidas tomadas pelo Estado são insuficientes, não cumprindo seu dever para com o povo.         As consequências de  não se vacinar ultrapassa os direitos individuais, por atingir o outro na medida que há o contágio entre a população. Dessa forma as Câmaras Legislativas Federais devem aprovar um lei que torne a vacinação obrigatória, evitando surtos de doenças, além da criação de um cadastro nacional de vacinação pelo Ministério da Saúde, para supervisionar o cumprimento da lei por parte da população e também a criação novos postos de saúde para suprir a necessidade de vacina. As prefeituras devem ainda ampliar as redes de esgoto e melhorar a limpeza das ruas com a construção de novas estações de tratamento e campanhas que eduquem a população sobre a importância de agir em prol de um ambiente urbano mais limpo. Desse modo, com melhores condições sanitárias, população imunizada e esclarecida, criar-se-ia um Brasil do qual Oswaldo Cruz se orgulharia.