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Enviada em: 25/06/2018

Brás Cubas , autor-defunto da obra "Memórias Póstumas" de Machado de Assis disse que, não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Quiçá, ele estivesse acertado a sua decisão, afinal, é incabível que em um país em constante avanço tecnológico, as doenças reemergentes sejam tratadas com inaptidão e de maneira supérflua, seja pela pouca conscientização da população, seja pela ineficácia governamental em relação a saúde pública brasileira.   Mormente, é preciso avultar que a recidiva de doenças efetua-se sobretudo pela ineficiência estatal  perante a irregular qualidade de vida ofertado a população, porquanto, conforme o senso de Thomas Hobbes, é  imprescindível que haja uma instância reguladora e superior a todos, todavia, o Estado deve ser provedor de subsistência digna para os seus cidadãos. De maneira antagônica, a maioria da população, sobretudo as camadas mais pobres desamparadas pelo governo, não possuem um nível de vida cabível, haja vista que, a precariedade do saneamento básico, é móbil pela proliferação de vírus e bactérias, e consequentemente, pela suscitação de doenças pertinentes hodiernamente. À vista disso, a escassa disponibilidade de vacinas para atender as demandas dos hospitais bem como a pouca disponibilidade de profissionais, contribuem para que esse revés se acentue, e com isso, doenças conceituadas erradicadas, regressam e acarretam em surtos e epidemias como a sífilis e a escarlatina.   Convém mencionar que, consoante o raciocínio de Émile Durkheim, a sociedade é instituída pela coletividade, logo, é preciso estabelecer relações sociais. No entanto, no que tange à coadjuvação do corpo social para a atenuação de doenças erradicas é pouco exercida, dessarte, muitos domicílios cooperam com a existência de ambientes oportunos para o desenvolvimento de vetores e hospedeiros, que transportam vírus e bactérias, como, por exemplo, o mosquito Aedes aegypt que transmite a dengue, por artifício de água aglomerada em recipientes fomentando a epidemia dessa enfermidade.  Diante dos fatos supracitados, é impreterível que a Escola promova a formação de cidadãos conscientizados e informados por intermédio de palestras e debates a respeito desse tema, através de profissionais da saúde, com o intento de coadjuvar os jovens sobre os meios de atenuar os ambientes aptos para a multiplicação de doenças causadas pelo Aedes aegypt. Ademais, é imprescindível que o Poder Público destine maiores investimentos à capacitação de profissionais na área da saúde para melhor atendimento a população, tal como, maior disponibilização de vacinas para prevenção de enfermidades emeergentes e um mor adjutório para os indivíduos que não recebem saneamento básico devido. Somando-se a isso, é preciso de ações midiáticas com o fito de incentivar a participação da população no combate a essas doenças recidivadas, criando uma sociedade que Brás Cubas prezaria.