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Enviada em: 29/06/2018

O progresso atrelado ao retrocesso       No início do século XX, com a epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro, o governo organizou um movimento de vacinação obrigatória e, devido à falta de esclarecimento da população sobre tal, houve uma revolta. Atualmente, com o advento da tecnologia da informação, a população é alertada a todo momento sobre a necessidade da prevenção de doenças, apesar disso, há entraves no caminho da precaução, como os movimentos anti-vacina na rede e, até mesmo, o comodismo da população a respeito das doenças já erradicadas, acarretando seu reaparecimento.        É notório que o avanço da tecnologia da tecnologia da informação trouxe inúmeros benefícios à área da saúde, todavia, junto à eles vieram as notícias falsas e a propagação do movimento anti-vacina. Segundo Bauman, a era da modernidade líquida é caracterizada pelo imediatismo, ou seja, um indivíduo que lê sobre o movimento anti-vacina, ou uma notícia falsa sobre a vacina, não procura outras fontes, não busca descobrir a veracidade, compartilhando muitas vezes a inverdade e propiciando a não imunização da população por medo.        Outrossim, o comodismo da população se faz presente, visto que por não ser uma realidade pessoal e palpável naquele momento aos indivíduos, pensam que aquilo nunca irá afetá-los. De acordo com George Santayna, aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo, nesse sentido, a população deve lembrar-se de quantas mortes essas doenças já causaram e conscientizar-se de seu dever, como cidadãos, de manter essas doenças erradicadas no país.       Urge, portanto, a necessidade da conscientização da população quanto ao seu dever na manutenção da saúde pública. É imprescindível que o Ministério da Saúde, em parceria com as mídias sociais, faça campanhas de esclarecimento sobre a vacina, desmentindo notícias do movimento anti-vacina e explicitando que doenças erradicadas precisam continuar a ser prevenidas, para que assim a população perca o medo e priorize a saúde pública, fazendo com que quadros como o do Brasil no inicio do século XX não mais ocorram.