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Enviada em: 08/07/2018

Em 1904, o Governo Federal, e o médico sanitarista Oswaldo Cruz, promoveram campanhas de vacina obrigatória e de combate a focos de mosquitos, medidas que erradicaram doenças como a febre amarela e a varíola no Brasil. Entretanto, dados do Ministério da Saúde, constam que entre Julho de 2017 e Janeiro de 2018, foram confirmados 213 casos de febre amarela no país, trazendo novamente preocupações acerca de enfermidades já controladas. Relativo ao reparecimento de doenças erradicadas no Brasil, é indubitável que a falta de saneamento básico e a influência de grupos anti-vacinas estimulam esse cenário.                                                                                                                    Mesmo após a campanha de vacina obrigatória de 1904, a população relutou as medidas governamentais, pois não tinham informação acerca do funcionamento da vacina e de seus benefícios. Atualmente os movimentos anti-vacina ainda influenciam parte da sociedade, devido a disseminação de falsas informações que ocorre rapidamente nos meios de comunicação, principalmente pelas redes online. Uma pesquisa realizada pelo Consumo de Notícias do Brasileiro mostra que somente 39% das pessoas têm o hábito de sempre checar a fonte de informação. Infelizmente, confirmar a veracidade de uma notícia e procurar por comprovações científicas, não são hábitos de muitos indivíduos. Por fim predomina a desinformação e conclusão errônea das campanhas de vacinação.                                            Segundo o Instituto Trata Brasil, mais de 100 milhões de pessoas não têm as suas casas ligadas à redes de esgoto no Brasil, e apenas 40% dos esgotos são tratados. A carência de serviços de água potável, coleta e de tratamento de esgoto, cria um ambiente propício ao desenvolvimento de doenças graves, como a dengue, leptospirose e a cólera. Ademais, ambientes sem saneamento básico estimulam a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que além de transmitir doenças como a dengue, também transmite o vírus do Zika, Chikungunya e a Febre Amarela. É deplorável que em um país, onde o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição, e onde as fontes hídricas são tão abundantes, haja tamanho descaso com a gestão de saneamento básico, que além de ameaçar a saúde pública, também contribui com a poluição de rios e nascentes.                                                               O reaparecimento de patologias é uma realidade brasileira que deve ser afrontada e remediada. O Governo Municipal deve investir mais nas obras de saneamento básico, para que alcance todas as populações, e garanta esse direito como cidadão, combatendo o ambiente favorável de enfermidades e melhorando a saúde pública local. Outrossim, deve realizar projetos de divulgações com ONG's, através de palestras, para que consigam levar a informação correta sobre as vacinas e seus efeitos, em escolas e comunidades, diminuindo o desentendimento acerca das campanhas de vacinação.