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Enviada em: 09/07/2018

Grandes pandemias, como a Peste Negra, que ocorreu durante a Idade Média, sempre amedrontaram e acometeram a sociedade. No entanto, é de impressionar que, em pleno século XX, sejam as doenças mais simples, porém fatais, que, outrora erradicadas, voltam a fazer vítimas no Brasil. Tal situação é fruto, muitas vezes, da desvalorização da vacina pela própria população e da falta de infraestrutura de postos de saúde e das cidades.     Movimentos contra a vacinação já ocorreram no Brasil, como a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro, por exemplo. Contudo, se antes a vacina era recusada devido à inocência da população carente, hoje é o sentimento de onipotência em relação a doenças já erradicadas, como tuberculose ou sífiles, que leva as pessoas "relaxarem" nos cuidados, compartilhando objetos pessoais, praticando atos sexuais sem proteção e deixando de tomar a vacina. São esses descuidos impedem que essas doenças permaneçam no passado.     Outrossim, a ausência, principalmente entre os mais pobres, de saneamento básico, seguida pela falta de medicamentos em postos e farmácias, também são responsáveis pela propagação dessas doenças. Isso acontece pela fácil proliferação de bactérias e vírus, principais vetores das enfermidades em questão, em lugares promíscuos, como esgotos a céu aberto. Além disso, a escassez de antibióticos, principalmente de penicilina, no mercado, responsáveis pelo tratamento de doenças causadas por bactérias, como a citada sífiles, tem como consequência o aumento do número de mortos por essas patologias.        Portanto, percebe-se que o retorno de enfermidades já erradicadas é causado por ações inadequadas tanto do governo quanto da população, destarte, ambos devem atuar juntos para que uma nova erradicação, dessa vez efetiva, ocorra. Para isso, é dever do governo, a partir do Ministério das Cidades (MCid), realizar projetos de infraestrutura, principalmente em áreas carentes, promovendo o saneamento básico para todos. Além disso, o Ministério da Saúde (MS) deve fornecer vacinas e medicamentos para os brasileiros, afinal, segundo a Constituição Federal, todos têm direito à saúde de qualidade. Por fim, a sociedade deve usufruir do seu direito e se conscientizar, por meio de campanhas midiáticas feitas pelo próprio MS, da importância dos cuidados pessoais e da vacinação, ferramentas já tão repercutidas na sociedade.