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Enviada em: 15/07/2018

Em Maleita, primeira obra do autor Lúcio Cardoso narrada em primeira pessoa, cujo leitmotiv é a fundação de Pirapora, em 1893, a doença faz parte da própria luta dos personagens em seus confrontos permanentes. Alguns morrem de malária, outros de varíola - doenças epidêmicas muito comuns no Brasil. Nesse sentido, a obra descreve bem o cenário do reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil, entretanto, questiona-se quais são as principais causas e consequências intrinsecamente ligada à realidade do país.        De maneira análoga, entre umas das principais causas que está em debate nas redes sociais, jornais, mídias, televisas destaque- se a doença denominada sarampo, na qual o Brasil que tinha se livrado da infecção desde 2016, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) - já registrou 995 casos de pessoas com a condição em Roraima e Amazonas desde o dia 1º de janeiro até 23 de maio. Porém, essa não é a única novidade: doenças erradicadas como poliomielite, rubéola e difteria, todas com vacinas para prevenção disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), estão voltando com tudo e preocupando as autoridades sanitárias e profissionais de saúde.       Além disso, surge como consequência primordial a rejeição da população brasileira relacionado com a vacinação – substância que protege o corpo de doenças infecto-contagiosas ou ajudam no tratamento contra essas doenças. Sob esse viés, de acordo com a fonte Agência Brasil, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, avaliou que o sucesso da vacinação no país ao longo das últimas décadas e a consequente erradicação de doenças criaram uma falsa sensação de que as doses não são mais necessárias, entretanto, segundo ela, é a divulgação das chamadas fake news nas redes sociais e que, no caso das vacinas, podem causar alarde e assustar a população, fazendo assim,com que haja uma rejeição das vacinações contra essas doenças epidêmicas que até então, foi destaque na obra do autor, escritor e poeta brasileiro Lúcio Cardoso.       Urge, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação das autoridades sanitárias que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Governo Federal deve investir em centros de saúde e, principalmente propor palestras em instituições escolares a fim de argumentar os desafios que ainda persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Além disso, os profissionais de saúde juntamente com o apoio do Ministério de Saúde, investigar a raiz do problema que está assustando a população brasileira. Assim, a sociedade brasileira irá se despreender de certos tabus conseguindo evitar e solucionar as doenças erradicadas no país, contribuindo com a segurança e euforia da população brasileira.