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Enviada em: 12/07/2018

A Revolução técnico-científica, ocorrida no século XX, proporcionou a integração da ciência e da tecnologia e, consequentemente, possibilitou um grande avanço na área médica. Vacinas e remédios foram desenvolvidos para prevenirem e tratarem doenças. Muitas dessas patologias foram erradicadas, no entanto, algumas delas estão reaparecendo. No Brasil, por exemplo, doenças como sarampo e sífilis são reemergentes, e este reaparecimento está relacionado à baixa cobertura vacinal e, também, à falsa sensação que as pessoas têm de que as doenças já erradicadas não existem.       Em 1904, na cidade do Rio de Janeiro, uma campanha de vacinação foi imposta pelo governo e recusada pela população que não conhecia o funcionamento da vacina e seus efeitos positivos,foi a chamada Revolta da Vacina. Hoje, de forma análoga, o movimento anti-vacinação surge no Brasil, não por falta de conhecimento dos efeitos da imunização, mas por especulações de relação da vacina com outras doenças e, também, por notícias falsas. Esses fatores resultam em uma baixa cobertura vacinal, que é acentuada pela falta de recursos do governo para um bom funcionamento no sistema de saúde, e tem como consequência o reaparecimento de doenças que podem - e devem - ser prevenidas, afinal o indivíduo que não se vacina torna-se um potencial transmissor da doença.        A falsa sensação que as pessoas têm de que as doenças já erradicadas ou controladas não existem é um fator perigoso, pois esses indivíduos acabam banalizando essas patologias e não se previnem por meio de vacinas, ou até mesmo por meio de medidas como o uso de preservativos no caso da Sífilis e de outras doenças sexualmente transmissíveis. E sem esse cuidado e essa prevenção, proporcionam, assim, a reincidência destas doenças e o possível espalhamento dessas no país e até mesmo no mundo caso não haja uma fiscalização sanitária nas fronteiras.       Fica claro, portanto, que o reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil traz consequências ao país, logo, medidas são necessárias para controlar a reincidência dos casos dessas patologias. Sendo assim, cabe ao Ministério da Saúde em parceria com faculdades da área da saúde realizarem eventos informacionais para a população das cidades brasileiras por meio de palestras explicativas e debates  com o intuito de conscientizar os indivíduos da importância da vacinação e da prevenção de doenças, além da organização de campanhas de vacinação. Cabe, também, à todos os tipos de mídia ser portadora de propagandas e programas divulgadores de dados científicos tanto sobre doenças quanto sobre sua prevenção. Assim, com a população conscientizada dos benefícios da prevenção dessas doenças e com campanhas de vacinação regulares, a situação do reaparecimento de patologias erradicadas pode ser, novamente, controlada.