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Enviada em: 17/07/2018

Em conformidade a Confúcio, pensador e filósofo chinês, “Se queres prever o futuro, estuda o passado”, a tentativa de erradicar doenças não é um problema contemporâneo. Desde a Revolta da Vacina, ocorrida em 1904 no Rio de Janeiro por conta da obrigação de vacinação da população, sabemos que essa vicissitude é uma prática. De maneira análoga, hodiernamente, observa-se que mesmo após avanços tecnológicos no campo da saúde o quadro de iniquidade persevera. Por conta disso, a problemática reflete diretamente na sociedade brasileira, seja pela disseminação de informações equivocadas sobre a vacinação, causando assim um movimento denominado “antivacinação”, ou até mesmo pela escassez de políticas públicas eficientes para eliminar a proliferação de determinadas doenças.         É axiomático que a dispersão das chamadas “fake news”, notícias que não condizem com a verdade, estão entre as causas da manutenção do problema relacionado à não vacinação de crianças. Em primeiro plano, evidencia-se que por conta de tais notícias, vários pais acabaram adentrando neste movimento, sem compreender integralmente os riscos que tal atitude pode acarretar. Vale ressaltar que os riscos não englobam somente seus próprios filhos, mas também todas as pessoas do convívio social da criança, gerando a transmissão de doenças de maneira rápida.       Cabe salientar, outrossim, que além do movimento antivacinação, a escassez de políticas públicas capazes de sanar completamente o problema acaba se tornando um fator determinante. Podemos citar, por exemplo, a falta de penicilina em postos de saúde, medicamento largamente utilizado para o tratamento de doenças bacterianas. Vale frisar também o déficit de vacinas, utilizadas como forma de imunização ativa, ou seja, estimulando o organismo a produzir anticorpos, proteínas que atuam no sistema imunológico, protegendo contra bactérias, vírus e outros corpos estranhos.       Diante dos fatos aludidos, faz-se necessário que sejam tomadas ações que tenham como objetivo a resolução deste impasse. Cabe a população, juntamente à mídia, o dever de promover palestras, campanhas, projetos de vacinação e ações em jornais e revistas de circulação regional, que sejam capazes de erradicar quaisquer dúvidas decorrentes acerca dos benefícios e malefícios da vacinação.        Ademais, cabe ao Ministério da Saúde (MS), que tem por objetivo organizar e elaborar políticas públicas voltados à prevenção e assistência à saúde, o dever de aumentar a produção de vacinas, conseguindo assim englobar uma maioridade da população brasileira, destinando também maiores investimentos para elaboração de novos tipos de imunização. Desta forma, poderá assegurar um direito aos cidadãos, sanando o problema do reaparecimento de doenças anteriormente erradicadas.