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Enviada em: 27/07/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o reaparecimento de doenças no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para o povo brasileiro.     É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a falta de conhecimento relacionado a importância da vacina e hábitos simples que diminuem, e até mesmo sanam a proliferação de doenças - principalmente as erradicadas -, como a relevância de se lavar as mãos, o uso de preservativos na relação sexual e questões ambientais, como não jogar lixo na rua e não desmatar, rompem essa harmonia, haja vista que nos anos de 2014 e 2015, segundo a ONS - Organização Nacional de Saúde, a incidência de patologias que já estavam controladas aumentaram em função da diminuição do número de pessoas não vacinadas, no Brasil.     Outrossim, destaca-se as condições de vidas precárias que o estado oferece para milhares de brasileiros que vivem em locais insalubres, como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se a responsabilidade do governo diante desta questão, visto que essas pessoas residem em locais onde não há quaisquer traços de saneamento básico, e além de tudo, de difícil acesso, o que impossibilita determinadas ações prestadas pelas equipes de saúde, elevando as chances de contaminação e proliferação de doenças, como: dengue, tuberculose, pneumonia  etc.     É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério das Cidades (MC) devem implantar um plano que ofereça a todos condições mínimas para se viver, como água encanada e rede esgoto, promovendo condições salubres para sobrevivência e diminuição da proliferação de doenças. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério de Educação (MEC) junto do Ministério de Saúde (MS) devem promover ações de educação-saúde, como palestras e formações ministradas por médicos e enfermeiros, para alertar a sociedade sobre a importância de se prevenir, em todos os fatores, mas principalmente na ação de vacinação.