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Enviada em: 18/07/2018

A obra intitulada "A Peste", de Albert Camus, discorre a respeito da importância da saúde em uma sociedade. Assim, a trama serve como um gancho para abordar sobre o caminho retrógrado que causa o ressurgimento de doenças no Brasil a partir do momento em que é corroborada uma dicotomia existente na garantia dos direitos sociais. Dessa forma, analisar  os impasses da temática no âmbito político e social: eis um desafio à contemporaneidade.    É necessário considerar, antes de tudo, que o individualismo dos cidadãos sobrepõe-se ao bem-estar do coletivo. A "Revolta da Vacina" foi marcada pelo motim popular ocorrido pela falta de informação sobre a necessidade da imunização ativa contra a varíola. Nesse sentido, é notório que passado e presente não se constituem em um abismo pois, a complacência social aliada ao desinteresse e, muitas vezes, a desinformação culmina em uma ótica dominante que perde a oportunidade de contribuir para a sanação de doenças epidêmicas. Tal fato é corroborado, ao citar os movimento alcunhados como "antivacinas" que dissimulam forças centrífugas à política de vacinação e contribuem diretamente para os surtos de patologias.    Convém analisar, também, como a atual crise brasileira reflete na má contenção da problemática. Postos de saúde com estoques vazios, falta de atendimento adequado e grupos especialistas refletem em alguns dos problemas enfrentados pelo âmbito político ao tratar-se do setor de serviços da saúde à sociedade civil. Concomitantemente, é sabido que qualquer indivíduo tenha noção da crise política e econômica que a nação brasileira enfrenta e que aliada à desigualdade, falta de saneamento básico e informação resulta no agravamento das enfermidades. Ademais, as mazelas que alteram a estabilidade da saúde humana não restringem-se apenas ao estado físico uma vez que, a disparidade social facilita o agravo da temática.      Fica claro, portanto, que fazem-se necessárias resoluções para tornar viável a isonomia e integridade humana. O Ministério da Saúde, junto as ONGs, deve fiscalizar e investir nas leis já existentes, na tentativa de cumprir com os direitos constitucionais, seja por meio de políticas públicas que visem o abastecimento de postos de saúde e hospitais com vacinas e materiais hospitalares necessários, além de contratar especialistas para acompanhar todo o período de vacinação, garantir saneamento básico e, para a efetivação de tais medidas utilize os impostos cobrados da população. Por fim, a mídia, como grande formadora de opiniões, deve utilizar-se do seu canal de comunicação para a disseminação da importância da vacinação, por meio do uso de dados, matérias jornalísticas ou documentários sobre o histórico da questão. Só assim, com a mobilização de um todo, haverá mudanças.