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Enviada em: 19/07/2018

O avanço da medicina nos dois últimos séculos, principalmente no que tange a prevenção de doenças, foi notório e se configura como uma conquista épica. No entanto, o retorno de diversas patologias ,antes erradicadas, tem gerado um alarde em todo o mundo, especialmente no Brasil. Dessa forma, o comodismo da população e a precariedade dos investimentos governamentais no desenvolvimento de novos métodos preventivos, são fatores que estão intrinsecamente ligados ao reaparecimento desse dilema social.     Destarte, apesar de já ter sido obrigatória -o que culminou a Revolta da Vacina em 1904- a vacinação se tornou em uma arma fundamental e revolucionária contra doenças epidêmicas. Nesse ínterim, hoje, o Brasil é uma referência na prevenção de patogenicidades, com uma cobertura vacinal de 99,7% da população, de acordo com o Instituto de Métrica e Avaliação da Saúde (IHME). Entretanto, mesmo com acesso aos métodos preventivos, grande parte da população ainda negligencia e se acomoda no fato da erradicação de grande parte das doenças. Em decorrência disso, tornou-se comum nos noticiários de 2018, o reaparecimento de enfermidades como: sarampo, sífilis e meningite.     Outrossim, sabe-se que o poder de mutação viral aliado ao fluxo imigratório possibilita o surgimento de novos vírus e potencializa os já existentes. Nesse contexto, é necessário o investimento maciço na indústria farmacêutica para monitorar e produzir novas vacinas constantemente. Contudo, a omissividade do Poder Público no direcionamento de recursos à área de pesquisas patogênicas ocasiona no reaparecimento de diversas enfermidades. Por conta disso, eclodiu, principalmente em cidades fronteiriças, surtos de epidemias decorrentes de pessoas que trazem vários vírus de seus países.     Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para conter o reaparecimento de doenças já antes erradicadas. Dessa forma, é imprescindível que o Ministério da Saúde, por meio dos postos de saúde e clínicas obstetrícias, em parceria com ginecologistas, orientem as gestantes sobre a importância e a necessidade da vacinação das crianças, a fim de conscientizar e evitar o medo das mães em submeter os filhos aos antivirais. Ademais, o Ministério da Ciência e Tecnologia deve, por meio dos centros tecnológicos, em parceria com empresas privadas, destinar mais investimento em pesquisas a respeito das mutações virais, a fim de descobrir novos meios de revenir e garantir confiança para a população ir aos postos receber a vacina. Afinal, para o sociólogo Gilberto Freyre, " investir no futuro de uma criança é investir no futuro da coletividade".