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Enviada em: 19/07/2018

Segundo a filósofa alemã Hannah Arendt em " A banalidade do mal", o pior mal é aquele visto como algo corriqueiro e cotidiano. Sob essa ótica,ao observar-se o reaparecimento de doenças até então erradicadas no Brasil, percebe-se que o pensamento de Hannah é constatado tanto na teoria quanto na prática e a problemática segue intrínseca à realidade do país. Nesse sentido, convém uma análise de como o descaso do governo e o descuido populacional colaboram para o impasse.     É indubitável que a questão governamental esteja entre as causas do problema. Segundo dados do G1, o poder executivo deixou de enviar cem milhões de reais destinados ao controle de fronteiras do norte brasileiro (local que representa 80% dos casos registrados de Sarampo, segundo a BBC). Por consequência, pessoas refugiadas da Venezuela( país com suspeita de trazer o atual surto de Sarampo),por exemplo, não sofrem um tratamento imunológico adequado trazendo, ocasionalmente, tais doenças.      Outrossim, outro ponto de merecida atenção está ligado ao descuido populacional. De acordo com uma pesquisa da Secretaria de Saúde, 75 % dos indivíduos que vieram a óbito por conta de doenças transmissíveis não apresentavam histórico de vacinação. Isso se deve , em grande parte, à falsa sensação de que não serão afetados pelas enfermidades (sensação essa que põe suas vidas em risco). Por conseguinte, mesmo que haja uma grande cobertura de imunização, tal barreira impede o devido progresso.        Infere-se, portanto, que o Ministério da Saúde e a Segurança Fronteiriça devem, por meio de profissionais qualificados, fiscalizar de forma apropriada os exilados provenientes de países com surtos patológicos, com o intuito de que os emigrantes entrem no Brasil sem riscos de transmissibilidade. Ademais,  as Secretarias de Saúde Pública devem se unir à Mídia e propagar, por meio de campanhas televisivas, os efeitos negativos da falta de  imunização. Dessa forma, o cidadão brasileiro ficará ciente da resultância de suas perspectivas retrógradas e colaborará para o não reaparecimento de enfermidades, até então,  eliminadas.