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Enviada em: 19/07/2018

Em 1904, a Revolta da Vacina marcou a história do Brasil com uma dinâmica ditatorial que objetivava a prevenção de doenças no país. Nesse contexto, muitas patologias foram sufocadas e vencidas. No entanto, após décadas, o reaparecimento de doenças erradicadas, como o sarampo e a poliomielite, preocupa a nação. Assim, a negligência dos brasileiros e a chegada de refugiados venezuelanos merecem destaque nessa questão.        É notório que a negligência das pessoas afeta, diretamente, o desempenho das campanhas de vacinação. Nesse sentido, o desconhecimento dos benefícios concedidos por esse tipo de prevenção produz a displicência na população, haja vista que a saúde não é priorizada corretamente e um grande contingente populacional acaba sem a vacina. Além disso, a ignorância gera "axiomas" inconcebíveis que conceituam a imunização como prejudicial e reflete na rejeição da medicação por adultos e crianças. Nesse ínterim, segundo Ministério da Saúde, 55% das crianças brasileiras ainda estão desprotegidas.        Outrossim, a chegada de refugiados venezuelanos é um outro fator, também, importante. Nesse viés, ausência de políticas públicas de controle e suporte pode possibilitar a proliferação de novas doenças, uma vez que muitas patologias controladas no Brasil podem ressurgir e ameaçar o país, pois as políticas sanitaristas venezuelanas são diferentes das brasileiras e, intuitivamente, menos eficazes. Por consequência, a vulnerabilidade amedronta médicos sanitaristas, a população de estados - como Roraima - e o próprio governo, já que, apesar do Brasil ser o pais com a maior cobertura vacinal, muitas pessoas ainda não se preveniram, de acordo com o G1. Nesse cenário, em 2016, três casos de sarampo foram confirmados pelo governo nacional em venezuelanos, segundo o Ministério da Saúde.     Infere-se, portanto, que o Ministério da Educação, em parceria com ONGs, deve promover campanhas nos meios midiáticos - televisão, rádio e redes sociais - que incentivem a vacinação e evidenciem os seus benefícios à sociedade para acabar com a negligência social. Consoante a isso, o Ministério da Saúde, juntamente com as Secretarias Estaduais de Saúde, deve criar um sistema único para refugiados, cadastrando-os, registrando suas situações clínicas e aplicando os devidos cuidados antes de ingressarem plenamente no país para evitar novas enfermidades. Afinal, aclarando Albert Einstein, "a vitalidade de uma nação não deve ser um objetivo, mas sim consequência de medidas preventivas".