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Enviada em: 21/07/2018

O avanço tecnológico permitiu a humanidade certo controle de doenças que colocavam em risco a sua existência. Todavia, a quebra de medidas de saúde coletiva, no Brasil atual, proporcionou o ressurgimento de doenças consideradas erradicadas. Isso fica ainda pior quando se analisam a negligência da sociedade diante dos métodos preventivos e a ausência de políticas efetivas no monitoramento das doenças.    Com efeito, a negligência da sociedade frente aos mecanismos de prevenção tem contribuído com o aumento das patologias reemergentes. Nesse viés, dados do Programa Nacional de Imunização revelam que em 2016 16% da população não foi vacinada, o que deixa essa parcela de pessoas vulneráveis como também potencializa os riscos de surtos ou epidemias. Além disso, os movimentos antivacina colocam em pauta a credibilidade das vacinas, consequentemente, o número de imunizações reduziu. Deveras, é imperioso a reversão desse cenário.      Outrossim, apesar do país ser referência na disponibilização de vacinas, falta um monitoramento efetivo na imunização dos estrangeiros. A Constituição Federal de 1988 garante o direito à saúde a todos que estejam no território nacional, no entanto, o reaparecimento dessas doenças está relacionado a áreas com maior número de refugiados. A exemplo disso, no Amazonas foram registrados mais de 300 casos de sarampo no primeiro semestre de 2018 ( dados do Ministério da saúde), o que torna mais que necessário a imunização desse grupo em benefício da coletividade por se tratar de doenças contagiosas.      É perceptível, portanto, que possíveis soluções da problemática são a conscientização e a imunização dos refugiados. Para que isso ocorra, a mídia televisiva deve criar campanhas publicitárias que veiculem a importância da vacinação e de outros métodos preventivos de saúde coletiva, com objetivo de dar credibilidade a essas ações. Ademais, os municípios, principalmente os de fronteiras com outros países, através das unidades básicas de saúde devem traçar metas de imunização dos estrangeiros que já habitam seus territórios. Aliado a isso, o Poder executivo deve exigir que a entrada no país seja feita de maneira que garanta a imunização desse público, disponibilizando núcleos específicos  de vacinação para os estrangeiros que entrarem no país, com o intuito de garantir a saúde coletiva. Só assim, será possível controlar  essas patologias em níveis aceitáveis.