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Enviada em: 29/08/2018

Na Baixa Idade Média, a Europa presenciou um cenário enfermo dado pelo nome de Peste Bubônica - doença trazida da Ásia pelas relações comerciais. Logo tornou-se uma pandemia, devido a ausência de saneamento básico e consequentemente a proliferação de ratos e picas de pulgas infectadas nos indivíduos. Como resultado de seu alastramento, foi dizimada 1/3 da população europeia. Doença já erradicada, ilustra atualmente uma controvérsia: o medo do reaparecimento de doenças cessadas é absorto. No Brasil, surtos de dengue, sífilis e entre outras doenças  voltam a rodear o país, a população infectada traz sérios riscos à saúde pública, portanto, faz-se necessário políticas de controle eficientes.   Em primeiro lugar, o reaparecimento da dengue é a doença mais enfrentada no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2015 iniciou seu surto, com mais de um milhão e seiscentas pessoas vítimas da dengue, também veio a surgir o zika vírus e a febre chikungunya, doenças graves que levam à óbito. Seu ressurgimento é relacionado principalmente com os valores socioeconômicos da população, regiões mais pobres e carentes de saneamento básico são as mais propensas à emersão dessas enfermidades. O acúmulo de lixo e seu descarte inapropriado propicia a água parada, lugar onde o mosquito deposita seus ovos e assim infectam as pessoas por meio da picada. Conforme o Ministério da Saúde adverte, conscientizar é a melhor forma de prevenção, porém falta assistência para a população periférica e por consequência acarreta um problema de saúde pública.   Como citado anteriormente, a abstração do medo e do conhecimento de doenças consideradas erradicadas põe em risco a saúde em virtude de seu reaparecimento. Dito isso, o país convive também com o surto do sarampo e rubéola, que segundo o Ministério da Saúde, houve uma baixa na cobertura vacinal dessas doenças atualmente. Um fator que entra em conjunto com a baixa cobertura é a ausência de programas de imunização, desse modo aliena as pessoas da importância da vacina para a prevenção. A fim de demonstrar, consoante dados da OMS, um milhão e meio de pessoas morrem todo ano no mundo por doenças que poderiam ser prevenidas, como é o caso da vacinação.   Destarte, com o propósito de controlar o reaparecimento dessas enfermidades, torna-se imprescindível sua intervenção. A priori, compete a Anvisa instalar saneamento básico nos territórios necessitados, sendo um direito humano - conforme a OMS, como também implementar descartes corretos de lixos para a população. Outrossim, o Ministério da Saúde deve fazer consultas residenciais periódicas para notificar se há água parada e se livrar de modo correto, orientando os leigos. Ademais, ainda condizendo ao Ministério da Saúde, é necessário promover campanhas de conscientização sobre a vacinação e postos de saúde acessíveis com assistência para a população estar sempre em contato.