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Enviada em: 24/07/2018

Em sua maioria, as doenças "reemergentes" foram trazidas para o Brasil principalmente por conta dos fluxos migratórios em épocas em que a saúde da população, em sua maioria: índios, negros, degradados, era negligenciada. Atualmente, o reaparecimento dessas enfermidades confirma a teoria elucidada por Darwin, pois a seleção natural potencializou a resistência dos vetores. Somado à isso, a relutância da sociedade em relação a vacinação é mais um fator condescendente.       Em primeira análise, percebe-se que com a urbanização concomitante ao desmatamento crescente, os principais agentes patogênicos tiveram seus hospedeiros primários eliminados ou reduzidos pela pertubação ambiental. Com isso, tiveram seu nicho ecológico alterado e passaram a atacar seres humanos com mais frequência pelo princípio de Gause. Ademais, tais vetores se adaptaram aos espaços urbanos e encontram habitat nas cidades, por conta das condições insatisfatórias de saneamento básico, o que potencializa a reprodução e consequentemente aumento dos casos de enfermos nas áreas ao redor.       Paralelo ao exposto, evidencia-se, ainda, que a vacinação causa debates desde sua obrigatoriedade no Brasil no início do século XX, quando foi combatida por brigadas comandadas por Oswaldo Cruz. Apesar da redução das contaminações, o chamado movimento anti-vacinação tomou lugar na Revolta de Vacina. Embora a ampliação da cobertura vacinal pelo território nacional seja a principal alternativa para reverter o cenário em questão, como evidenciado pela Revista Abril, tal medida encontra barreiras na aversão popular e nas fragilidade do sistema público de saúde, que deveria se manter informado da situação de imunização da população.       Com essas constatações, evidencia-se que as medidas tomadas para combater a problemática, precisam ser assumidas com maior tenacidade. Assim sendo, o Ministério da Saúde deve ampliar os trabalhos contínuos de prevenção através do combate à longo prazo, ao invés do embate apenas em situações críticas como endemias, epidemias e surtos. De igual forma, aos gestores públicos municipais, cabe a criação de programas de vigilância epidemiológica. Outrossim, é papel fundamental da sociedade adotar medidas que impeçam a proliferação de vetores, como por exemplo não deixar água parada e o uso de métodos que auxiliem na prevenção: camisinhas, vacinas e materiais descartáveis, sendo que a mídia pode promover a informação da sociedade a respeito de tais atitudes. Percebe-se ainda, a importância de iniciativas científicas como o desenvolvimento do "Pôster Solúvel" pela organização social Habitat para a Humanidade Brasil, que educa, previne e mata os agentes causadores das patologias em ascensão.