Materiais:
Enviada em: 25/07/2018

A revolta da vacina, ocorrida em 1904, foi uma reação negativa das camadas populares à campanha de vacinação obrigatória contra a varíola. Isso aconteceu devido à desinformação da população sobre o  mecanismo de ação e os efeitos positivos da vacina. Hodiernamente, apesar de muitas campanhas, ainda há indivíduos resistentes à vacinação. Esse fato, junto com o negligenciamento do Estado e da sociedade para com o meio circundante, recrudesce a volta de doenças reemergentes no Brasil.     Em primeira análise, observa-se uma onda de pessoas contrárias à vacinação. Isso é alarmante, uma vez que há várias doenças - poliomelite, sarampo e febre amarela- as quais podem ser prevenidas pela aplicação de vacinas. Assim, cumprir com o calendário vacinal é imprescindível para evitar surtos de patologias já controladas ou erradicadas, bem como precaver danos, não só ao sujeito adepto ao movimento anti-vacina, mas também à comunidade geral.       Em segunda análise, percebe-se que existe um déficit de planos diretores preservacionistas do meio ambiente, o qual deveria ter como foco principal criar melhores condições de saneamento básico das cidades. A falta de mecanismos de drenagem pluviais, coleta, tratamento e reciclagem de lixo eficientes colabora para a proliferação de doenças, como a dengue que estava controlada, mas vem se tornando endêmica no Brasil. Ademais, tal descaso está associado também à população, haja vista que há inúmeros descartes irregulares de lixo sem a menor preocupação com as consequências que causam à saúde pública. Dessa forma, nota-se que, além da iniciativa pública, é necessário o engajamento da população para impedir o reaparecimento dessas enfermidades.      Portanto, cabe ao Ministério da Saúde intensificar as campanhas pró-vacinação, por meio da televisão, mas principalmente nos anúncios da plataforma YouTube e nas redes sociais. Além disso, os postos de saúde devem organizar tendas de vacinação em  locais estratégicos, a fim de imunizar grande contingente de indivíduos. Para que isso seja efetivo, é preciso que a população conscientizada dirija-se a esses lugares, Por fim, orgãos públicos devem agir de modo a ampliar os investimentos no saneamento ambiental, com o fito de criar medidas de prevenção. Afinal, o custo econômico de uma epidemia transcende o da profilaxia.