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Enviada em: 27/09/2018

Ascendência indesejada      Com o desenvolvimento da vacina antivariólica pelo médico e naturalista inglês Edward Jenner no século XVIII, importantes avanços nos campos da imunologia e microbiologia foram alcançados, principalmente no que tange ao controle e prevenção de patologias. Entretanto, hodiernamente as atitudes de alguns grupos sociais, os chamados "antivacinas", mas também a redução da cobertura vacinal, são alguns dos fatores que têm propiciado o recrudescimento de diversas doenças, sendo esses aspectos passíveis de discussão social e governamental.      De acordo com dados publicados em julho de 2018 pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), cerca de 677 casos de sarampo foram confirmados no Brasil, sendo o maior número de casos nos estados de Roraima e Amazonas. Tal dado é reflexo da postura de alguns grupos sociais - os antivacinas - que têm emergido em vários país do mundo, e afirmam sob alegações falaciosas e  sem qualquer base de confirmação científica que as vacinas não protegem contra doenças, mas proporcionam o seu surgimento.    Além disso, a queda na imunização por intermédio das vacinas sofreu grande redução, precipuamente devido a negligência da própria sociedade em aderir as campanhas de vacinação, bem como o desconhecimento sobre os benefícios e o modo de funcionamento das vacinas. Outrossim, também vale destacar que grande parcela dos casos de patologias registrados no Brasil foram importados de países que vivem surtos da doença, como por exemplo a Venezuela, visto que seus programas de vacinação não são muito eficazes.       Dessa maneira, tendo em foco o ressurgimento de doenças antes consideradas erradicas, são impreteríveis medidas para debelar esse problema. Portanto, é mister parcerias entre os Ministérios da Saúde e Cultura, para que estes possam ampliar os investimentos na divulgação por meio de canais abertos de televisão e também nas redes sociais sobre a importância e os benefícios das vacinas como métodos de prevenção à doenças, com profissionais da saúde devidamente capacitados, com o fito de instruir os cidadãos a aderirem aos meios de prevenção. Para que estes solidifiquem um pensamento crítico e tenham o direito a saúde e a vida, como assegura a nossa Constituição.