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Enviada em: 26/07/2018

'' O homem é o lobo do próprio homem'', essa assertiva de Hobbes demonstra a realidade do sistema de saúde brasileiro com o reaparecimento de doenças já erradicadas. Com o grande avanço da medicina foi possível encontrar soluções para muitas patologias. No entanto, muitas doenças ainda se fazem presentes no cotidiano dos brasileiros, seja por falta de informação ou até por negligência. Dessa forma, faz-se necessário analisar esse cenário e encontrar soluções.       Surtos muito comuns antigamente voltaram a ocorrer, entre eles, o de sarampo e poliomielite. Essas  enfermidades estavam erradicadas no Brasil, isto é, a nova geração provavelmente nem tem conhecimento dos seus sintomas, o que provoca uma onda de casos, deixando graves consequências, desde sequelas até a morte. Além disso, o reaparecimento desses males provoca uma sobrecarga em um sistema já defasado com as moléstias que nunca desapareceram, havendo a necessidade de destinar esforços para uma nova campanha de vacinação e tratamento de doenças que já foram erradicadas uma vez. Mostra-se, assim, que esse problema é de grande gravidade e envolve toda a sociedade.     Sob esse viés, é factível observar as vias de retorno dessas patologias. A palavra erradicada trás um significado errôneo para a sociedade, haja vista que muitos pensam nela como algo que nunca os atingirá, isto é, as crianças param de ser vacinadas e as pessoas tendem a aceitar as fake news sobre isso, abrindo espaço para que essas doenças voltem a aparecer, sacrificando sua saúde, o maior erro que um homem pode cometer, como disse Shopenhawer. Não obstante, existem outras possibilidades, quando a negligência e a irresponsabilidade cedem lugar a falta de informação e de acesso á saúde, que é o caso de pessoas carentes e sem estrutura para saber como e do que se prevenir. Evidencia-se, então, que além de ser uma problemática da área da saúde, é também, social.    Destarte, faz-se necessária uma intervenção estatal que estabeleça o cumprimento do calendário das vacinas, por meio de um controle da carteira de vacinação, principalmente, das crianças em um sistema computadorizado, como os documentos, e que ela seja requisito para entrada em lugares muito cheios, por exemplo. Além disso, deve proporcionar conhecimento a todos, disponibilizando equipes de saúde para passar pelos bairros mais pobres, aplicando vacinas e dando recomendações. A sociedade em geral e o cidadão em si, devem, por sua vez, serem responsáveis pela sua saúde, além de promover campanhas de prevenção e tratamento dessas enfermidades. Somente assim, o homem deixará o pensamento de Hobbes e essas doenças, de fato, para trás.