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Enviada em: 26/07/2018

Doenças que foram inimigas da sociedade por séculos e eram consideradas erradicadas, têm voltado a causar problemas na saúde pública. Assim como o sarampo, que o Brasil via-se livre da infecção desde 2016, e segundo a OMS, já foram registrados, só no primeiro semestre de 2018, quase mil casos com a condição em Roraima e no Amazonas. Desigualdades sociais crescentes e a quebra de medidas de saúde pública, são alguns dos fatores que colaboram para o retorno de tais doenças.         A princípio, o Brasil ainda passa por problemas de desigualdade social. A condição de vida em muitos lugares beira a precariedade. O que leva a uma falta de conscientização para a procura da vacina como prevenção. Dados do Governo Federal, mostraram que 321 municípios estão com a cobertura vacinal contra a pólio, abaixo de 50%. Número que se faz presente nos extratos mais pobres da sociedade. A escolaridade da mãe ou responsável também contribui para a aferição da cobertura vacinal. A ONU já tentou pôr um freio em tais injustiças, reunindo países a se comprometerem com um plano de ação. Pesquisas mostram clara correspondência entre indicadores sociais e níveis de saúde da população.       Ademais, o Estado deixou de investir em campanhas sanitárias de prevenção na saúde pública. Como foi feito por Oswaldo Cruz no controle da Dengue e da Febre Amarela. Assim como também há uma negligência do poder público, onde é mais fácil culpar a sociedade pela miséria que vive, do que agir e combater o problema. Simultaneamente, houve uma queda de investimentos em campanhas de doenças já erradicadas,deixando-as desapercebidas e esquecidas da sociedade, ao contrário da conscientização ostensiva que tem de ser feita, para que tais doenças não retornem. A Constituição Federal garante em seu rol de artigos, que a saúde é um direito de todos, assegurado pelo Estado. Porém, não vê-se tal direito fundamental sendo empregado e garantido na sua totalidade pelo governo.        É evidente, portanto, que ainda há problemas a serem solucionados e enfrentados em relação à saúde pública no Brasil e o reaparecimento de doenças erradicadas. Somente com uma união do poder público com a população, poderá tornar ainda mais eficazes as medidas contra a prevenção de tais doenças. Do mesmo modo, com os pais e responsáveis tendo a obrigação de atualizar as cadernetas de vacinação de seus filhos, em especial as crianças. Sob o mesmo ponto de vista, o Ministério da Saúde disseminando informações por meios de comunicação, com campanhas publicitárias, por meio  de entrevistas com especialistas, interação nas redes sociais, só assim podendo ter um alcance mais da população.