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Enviada em: 26/07/2018

Em um dos contos do livro ‘’Sagarana’’, dois primos estão à beira da morte por conta da malária, uma doença para qual já existem remédios de prevenção e que está restrita à regiões de florestas tropicais. Contudo, esse cenário pode voltar a se repetir por conta de uma problemática que envolve a sociedade hodierna: o reaparecimento de doenças erradicadas. Diante disso, tornam-se passíveis de discussão os principais fatores ligados à reaparição dessas doenças, principalmente no que diz respeito ao receio envolvendo a vacinação e ao desmatamento.  No início do século XX, o Rio de Janeiro enfrentou um surto de diversas doenças consideradas sob controle, tais como sarampo, malária e tuberculose. Por isso, o governo da época criou, de forma muito autoritária, uma lei que tornava a vacinação obrigatória; entretanto, a população não havia sido devidamente instruída acerca da importância das vacinas, o que resultou em pânico e em uma revolta popular. Atualmente, o receio envolvendo a vacinação ainda é um problema. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1 em cada 5 crianças não estão imunizadas, o que configura um grave problema social, visto que a imunização é imprescindível para o combate e o controle de doenças.  Além disso, a modernização da sociedade e o desmatamento colaboram para o agravamento da situação. Tendo em vista que mosquitos gostam de lugares quentes e úmidos, seu habitat favorito é a floresta; por conta urbanização e do consequente desmatamento, eles são obrigados a habitarem as cidades, transmitindo doenças, inclusive as que já haviam sido controladas. Em 2017, por exemplo, um surto de febre amarela tomou conta da região sudeste, a que mais sofreu com urbanização e desmatamento ao longo dos anos.  Dessarte, medidas são necessárias para resolver a problemática supracitada. Cabe ao Ministério da Saúde promover campanhas e comerciais televisivos que expliquem como funciona a vacinação e a sua importância, a fim de criar cidadãos mais instruídos e diminuir o receio que circunda as vacinas. Dessa forma, incontáveis vidas serão salvas. Ademais, é dever do Ministério da Educação priorizar as aulas de educação ambiental, com o intuito de criar cidadãos preocupados com o meio ambiente e que lutem contra a sua devastação e, assim, evitar os surtos de doenças envolvendo mosquitos. Quem sabe, assim, seja possível combater o reaparecimento de doenças erradicadas.