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Enviada em: 27/07/2018

No começo do séc. XX tivemos no Rio de Janeiro a "Revolta da Vacina", onde milhares de pessoas, diante da ignorância e medo, foram obrigadas a tomar vacinas para que algumas doenças pertinentes no local pudessem ser erradicadas. Na década de 80 se iniciou a epidemia de AIDS no mundo, foram desenvolvidos tratamentos antirretrovirais, bem como a conscientização quanto ao uso de camisinha na relação sexual, e o número de casos registrados deixou de ter um crescimento exponencial, o que se observa hoje é um crescimento no número de casos em todo o mundo.        O cosmólogo Carl Sagan, em seu livro "O Mundo Assombrado Pelos Demônios" (1995), discorre a respeito da ignorância científica que assolava a sociedade na época. Infelizmente, quando se observa a contemporaneidade, nota-se que este problema ainda permanece presente. Indubitavelmente, o movimento antivacina, iniciado nos EUA no final dos anos 90, foi um dos maiores responsáveis pela volta de doenças antes erradicadas, pois disseminou-se, mundialmente, a ideia de que vacinas causariam autismo. Com isso, até hoje, pessoas com menor oportunidade de conhecimento simplesmente deixam de se vacinar e de vacinar seus filhos, abrindo uma brecha imunológica para que doenças como caxumba, sarampo e poliomelite voltem a atacar.        Além do mais, a falta de profilaxia aparece como um dos impulsionadores do problema. O escritor George Santayana dizia que aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo. Com isso, após uma época de tranquilidade clínica, alcança pelo temor da população e pelos avanços da medicina, é notório que as pessoas estão deixando de se preocupar com a prevenção de doenças, muitas delas sexualmente transmissíveis, como a sífilis, HPV e gonorreia, que com o não-uso da camisinha, voltaram a ser tornar motivo de preocupação.       Portanto, para que haja o fim deste cenário, é imprescindível esforço coletivo. O Ministério da Saúde deve otimizar a sua política de vacinação, ampliando a eficiência das Unidades Básicas de Saúde para que haja garantias de que toda a população esteja protegida, bem como um acompanhamento rigoroso da vacinação infantil, cogitando, por intermédio do Conselho Tutelar, uma punição aos pais que não vacinarem seus filhos. Outrossim, o Ministério da Educação, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, devem intensificar em toda a rede municipal de ensino a execução de campanhas e palestras, ministradas por enfermeiros, afim de que os alunos aprendam os métodos de profilaxia e, com isso, doenças dantes erradicadas não voltem ao nosso cotidiano.